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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

E Três Marias inundou o sertão

Por Amores no Velho Chico // Alto São Francisco, Geral, Morada Nova
Depois da cerveja gelada, um peixe gostoso, uma noite bem dormida, o dia amanhece bonito, nos convidando a conhecer a cidade.

Bem no centro de Morada Nova, a casa do Artesão e, em cima da mesa, nos desperta atenção um livro de capa vermelha; uma obra que conta a história daquela cidade. Logo, fomos informadas que a autora residia ali perto e que teria criado um espaço só para isto. E foi pra lá que, imediatamente, nos dirigimos.

Pela fachada da casa, pensei que o encontro iria ser cheio de burocracia. O lugar bonito, bem delineado, regado pelo canto dos passarinhos. Mas, a surpresa veio de mansinho, no andar tranquilo que carregava um sorriso gentil. Agora estávamos diante da Dona Adelaide.

Com carinho e muito emoção, ela nos recebeu prontamente e em um cantinho do “Memorial” (espaço criado por ela, sem fins lucrativos) nos contou a história, onde o medo e abandono, foram as marcas deixadas. Foi o caminho por onde Morada Nova de Minas, a cidade que rio São Francisco guardou debaixo das suas águas, viveu. E que sentimos muito orgulho em retratar.

Assista ao vídeo da matéria e conheça outras histórias do Rio São Francisco em: http://www.amoresnovelhochico.com.br

Um comentário:

Lucas Donizete da Silva disse...

Meus parabéns e agradecimentos por levarem a Dona Adelaide e nossa querida Morada ao conhecimento de tanta gente boa.
Cresci ouvindo que Morada tinha até sua própria usina hidrelétrica (meu avô foi um dos sócios, junto com o pai da Dona Adelaide e tantos outros), mas, para dar energia a grande parte do Brasil, esta hidrelétrica também foi inundada. Morada Nova ficou cerca de 20 anos sem a energia, esperando a rede rodear a ponta da represa. Não deveria ela ser o primeiro município a receber esta energia? O povo moradense não deveria ser melhor indenizado? Afinal, a terra é do homem, não é de Deus nem do Estado.
Mais que a economia, a cultura moradense ficou estrangulada, estagnada. Cadê os grupos de folias, de catira, o boi da manta? Os maestros Sô Ita, Oswaldo Padeiro e os músicos Zé Bambiá e seu filho João Bosco – citando apenas os que me veem á memória agora – tiveram que se mudar para ter público e ganhar a vida. O Brasil ainda nos deve esses “royalties culturais”.