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História

CONHEÇA MORADA NOVA

 
À primeira vista, Morada Nova de Minas parece ser um lugar como tantos outros: pessoas, casas, igrejas, ruas, avenidas, praças e pequenos distritos. Entretanto, atrás deste cenário aparentemente comum está escondido um riquíssimo patrimônio cultural e uma fantástica história de resistência e bravura de um povo. 
 
Para conhecer o município e a sua história, seus rios e cachoeiras, seus lagos, navegar em suas chalanas, visitar os seus distritos, assistir as suas manifestações culturais, curtir as suas belezas naturais e degustar a sua culinária é preciso ter tempo e percepção aguçada.
 

Um pouquinho da história

 
Tudo começou por volta do ano de 1800 com a construção da primeira capela e das primeiras casas. Transformou-se, respectivamente, em freguesia, vila, distrito, município e comarca. Consolidou-se na década de 50 num dos maiores e mais prósperos municípios da região.
 

A tragédia

 
Em 1960 aconteceu a grande tragédia: abruptamente, sem políticas efetivas de preservação do meio ambiente e social, construiu-se a Usina Hidroelétrica de Três Marias. Inesperadamente, como num dilúvio, as águas invadiram terras, estradas, casas, fazendas e matas. Por pouco o município não foi totalmente devorado. Comenta-se que a cidade só não desapareceu debaixo d´agua devido a um erro de cálculo dos topógrafos. A partir de então, passou a viver seus dias de flagelo: com suas terras férteis totalmente submersas, seus filhos sem perspectivas de trabalho e entregues à própria sorte, migraram para outras regiões. Com a economia estagnada o município passou a sobreviver de pequenas ajudas dos governos Estadual e Federal.
Falida e agonizante, Morada Nova passou a ser rotulada como “O município mais dispendioso do Brasil”, “Cidade fantasma e ilha abandonada” onde uma massa humana vegetava. Nessa época, algumas autoridades chegaram a cogitar o seu fechamento.
 

O Renascer

 
Apesar de tudo, como Fênix, figura mitológica, Morada Nova ressurgiu das suas próprias cinzas. O que antes parecia falta de sorte, tornou-se numa grande oportunidade. As águas do Lago que circunda suas terras foram transformadas num produto turístico descomunal. Passou então a ser conhecida como: “Paraíso”, “Península mineira, “Nova praia dos mineiros” e “Doce Mar de Minas”.
 

O Grande Atrativo - O Mar de Água Doce

 
O Município é emoldurado pelas águas de uma das maiores barragem de terra do mundo. O reservatório do lago de Três Marias possui um espelho d´agua de 1040 km2 de superfície e um volume de 21 bilhões de m3 de água, o equivalente a um Lago 8,7 vezes maior ao da Baía de Guanabara.
 

As Belezas Naturais

 
Hoje, integrante do Circuito Turístico do Lago de Três Marias, Morada Nova vem atraindo cada vez mais turistas oriundos de várias partes do Brasil. São turistas adeptos da pesca esportiva e dos esportes náuticos, apreciadores de sua culinária, de suas festas, de seu artesanato e de suas belezas naturais com paisagens bucólicas e paradisíacas. Por estas e outras maravilhas é que vale a pena visitar a nossa Morada Nova.
 

As Festas

 
Morada Nova das belezas plásticas e rítmicas das festas folclóricas; religiosas e populares que se manifestam através de vários eventos locais como a Folia de Reis, Catira, Semana Santa, Carnaval, Festa do Peixe, Festas Juninas, Festa Agropecuária, Cultos populares e a Festa do Carro de boi do distrito de Cacimbas
 

A Gastronomia

 
Lugar onde a arte de comer bem se faz presente em pratos como a costelinha com ora-pro-nobis, no frango com quiabo e angu, no feijão tropeiro, torresmo com mandioca, paçoca de carne seca, peixadas, cachaça artesanal, queijos, licores, doces, geléia de mocotó, rapadura com gergelim, açúcar mascavo, pamonha e mingau de milho verde.
 

A Arte Popular

 
Que se manifesta através do seu artesanato confeccionado em tecido, madeira e sisal; do crochê, das vassouras de palha, peneiras e balaios, das pinturas, dos móveis e utensílios rústicos produzidos pelo fazendeiro e artesão Darlan Couto.
 

 O Povo

 
Morada Nova, terra de gente simples, trabalhadora, alegre e acolhedora, de políticos, de intelectuais, de artistas e atletas, do herói Frei Orlando e de tantos outros heróis anônimos.
 
Cidade com seu povo de alma e sagacidade singular, com sua rica literatura oral, transmitida de pai para filho, através dos mitos, contos, estórias e anedotas, provérbios, poesias populares, causos e lendas.
 

Trocando em miúdos...

 
Estar em Morada Nova é voltar às nossas origens. É sentir a liberdade. É curtiras coisas simples da vida como andar descalço, tomar leite ao pé da vaca, jogar conversa fora ao lado de um fogão à lenha saboreando uma brôa de fubá com café de rapadura. Acordar, em época de festas, com a banda de música fazendo a alvorada.  Fazer caminhadas ecológicas pelas trilhas do cerrado para colher araticum, pequi, jatobá, jenipapo, murici, e cagaita. Contemplar a fauna, a flora e as veredas com os pássaros-pretos, araras, papagaios, periquitos e os micos sagüis.
 
Terra do sol e do ar puro. Cidade cidadã onde ainda é possível deixar as crianças brincarem nas ruas, assentar descontraidamente no banco da praça e bater um bom “papo” com os amigos, onde os casais enamorados apreciam uma bela noite de luar ou, se preferir, você pode dançar nos finais de semana aquele forró ao ar livre debaixo de um deslumbrante céu estrelado.
 
Morada Nova, lugar para ser apreciado, paraíso tranqüilo em que a poluição sonora, visual e ambiental ainda não chegou. Refúgio ideal para acabar com o estresse e repor as energias perdidas no dia-a-dia das grandes cidades. Enfim, um lugar para se viver como Deus gosta. Um lugar para a gente se sentir gente.
 
 
Autor: Alberto Antonio de Oliveira.
Moradense, Turismólogo e Administrador Público



Morada Nova de Minas

Minas Gerais - MG 

 

Histórico


Dona Inácia Maria do Rosário, que habitou na fazenda Saco Bom, por volta de 1800, fez construir uma capela dedicada a Nossa Senhora do Loreto, entre os anos de 1810 e 1815, para ali serem pregadas as missões por Franciscanos vindos de Pernambuco.
Mais tarde, graças ao êxito alcaçado pelos frades pregaores, resolveu essa senhora construir um “sobrado” ao lado da capela, que passou a ser, de ali por diante, a sus”Morada Nova”. Parentes de D. Inácia e pessoas estranhas afluíram ao local fixando residência nos arredores da capela. Em vista das grandes áreas para a lavoura e criação de gado, foi a população aumentando.
Em 1852, por Lei provincial nº 603, foi criada a freguesia de Nossa Senhora do Loreto da Morada Nova, pertencendo ao bispado de Pernambuco; mais tarde, por breve pontifício, de 17 de setembro de 1860 e Decreto executorial da Nunciatura Apostólica, de 14 de março de 1861,passou a pertencer à diosece de Mariana, tudo de conformidade com o aviso do Ministério do Império de 17 de abril desse mesmo ano.
Dona Inácia Maria do Rosário ao mandar construir a capela deu a Nossa Senhora do Loreto um patrimônio de terras que foi estimado em 180 alqueires geométricos, nunca tendo, entretanto concretizado a doação em documentos. Como, porém, a tradição fosse calcado na consciência do povo a certeza de que tais terras eram da Santa, foi possível a um dos vigários fazer provas irrefutável do domínio dela sobre as referidas terras, tendo a posse lhe sido outogarda por sentença de uso capião que transitou em julgado no foro de Abaeté em 1932.
Esse patrimônio foi eliminado entre 1935 e 1943, sendo o seu produto empregado na construção da igreja-matriz de Morada Nova de Minas.
A freguesia conservou o mesmo nome até 1º de janeiro de 1939, guando pela Lei nº 312, foi elevada à categoria de vila.
Em 1943 o distrito foi elevado à categoria de município com topônimo de Morada, que foi posteriormente alterado para Moravânia e finalmente Morada Nova de Minas, seu atual nome.

Gentílico: moradanovense


Formação Administrativa


Distrito criado com a denominação de Morada Nova, pela lei provincial nº 603, de 21-05-1852, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Abaeté.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Morada Nova, figura no município de Abaeté.
Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920.
Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, o distrito de Morada Nova, tomou a denominação de Nossa Senhora do Loreto da Morada Nova.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito já denominado Nossa Senhora do Loreto da Morada Nova, figura no município de Abaeté.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, o distrito de Nossa Senhora do Loreto da Morada Nova voltou a chamar-se simplesmente Morada Nova.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de já denominado Morada Nova, figura no município de Abaeté.
Elevado à categoria de município com a denominação de Morada, pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, desmembrado do município de Abaeté. Sede no atual distrito de Morada (ex-Morada Nova). Constituído de 2 distritos: Morada e Biquinhas, ambos desmembrados de Abaeté. Não temos a data de instalação.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 2 distritos: Morada e Biquinhas.
Pela lei nº 336, de 27-12-1948, o município Morada passou a denominar-se Moravânia e ainda pela está mesma lei é criado o distrito de Frei Orlando (ex-povoado Junco), com terras desmembradas dos distritos sede de Moravânia (ex-Morada) e Biquinhas e anexado ao município de Moravânia.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 3 distritos:
Moravânia, Biquinhas Frei Orlando.
Pela lei nº 1039, de 12-12-1953, o município de Moravânia passou a denominar-se Morada Nova de Minas.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído do distrito de e distritos: Morada Nova de Minas (ex-Moravânia), Biquinhas e Frei Orlando.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual Nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Morada Nova de Minas o distrito de Biquinhas. Elevado á categoria de município.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos:
Morada Nova de Minas e Frei Orlando.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Alterações toponímicas distritais

Morada Nova para Nossa Senhora do Loreto da Morada Nova, alterado pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923.
Nossa Senhora do Loreto da Morada Nova para Morada Nova, alterado pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938.
Morada Nova para simplesmente Morada, alterado pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943.

Alterações toponímicas municipais

Morada para Moravânia, alterado pela lei nº 336, de 27-12-1948.
Moravânia para Morada Nova de Minas, alterado pela lei nº 1039, de 12-12-1953.

Fonte: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros – Volume XXIV ano 1958.



BREVE HISTÓRICO E GOVERNANTES DE MORADA NOVA

Em 1810, a fazendeira Inácia Maria do Rosário doou alguns hectares à Missão dos Franciscanos vindos do Recife para a construção de uma capela em devoção à Nossa Senhora do Loreto.
Em 1852, o lugarejo que se formara já era uma freguesia com o atual nome, tornando-se Vila em 1939 e Município emancipado em 1943, desmembrado de Abaeté.
Em 1959, 40% de suas terras foram inundadas com o represamento do rio São Francisco para a construção da barragem de Três Marias.

GOVERNANTES:

Dr. Agenor Soares dos Santos, primeiro prefeito - 1943 até 14/11/ 1945;
Dr. Francisco Martins do Rego - de 15/11/45 até 20/01/46;
José Rodrigues Júnior - de 21/01/46 até 08/02/46;
Dr. Agenor Soares dos Santos - de 02/09/46 até 05/06/47;
Inácio Pereira de Souza - 06/06/47 até 26/09/47;
Sebastião Dayrell de Magalhães - de 27/09/47 até 05/12/47;
OBS: Todos estes prefeitos foram nomeados pelo o então Governador do Estado Dr. Benedito Valadares.
Em, 1947, houve eleição e o candidato eleito foi Dr. Agenor Soares dos Santos.
Dr. Agenor Soares dos Santos - de 06/12/47 até 30/01/51;
Waldemar Álvares Rodrigues de Souza - de 31/01/51 até 30/01/54;
Dr. Agenor Soares dos Santos - de 31/01/ 55 até 30/01/59;
David Joaquim dos Santos - de 31/09/59 até 31/01/63;
José Jacob Zica de Vargas - de 01/02/63 até 31/01/67;
João Francisco da Silva - de 01/02/67 até 31/01/71;
Tasso Valadares dos Reis - de 01/02/71 até 31/01/73;
João Francisco da Silva - de 01/02/73 até 31/01/77;
José Maria Franco - de 01/02/77 até 31/01/83;
Olímpio Francisco de Moura - de 01/02/83 até 31/01/89;
Dr. Walter Francisco de Moura - de 01/02/89 até 31/12/ 92;
Dr. Agenor de Campos Santos - de 01/01/ 93 até 31/12/ 96
Dr. Walter Francisco de Moura - de 01/01/97 até 31/ 12/ 2000;
Dr. Agenor de Campos Santos - de 01/01/2001 até 31/12/ 2004.
Pelas datas podemos concluir que a inundação de Morada Nova começou no governo de Agenor Soares dos Santos e foi concluída no governo de David Joaquim dos Santos.
Fonte: Jornal de Unaí e Região , edição de 15 setembro 1993.
Enviado por: Alberto Oliveira


População Residente (IBGE)

Ano Urbana Rural Total
1970 3.201 5.151 8.352
1980 2.951 3.068 6.019
1991 4.908 1.751 6.659
2000 5.701 1.890 7.591
2002*     7.805
* Dados preliminares

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