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domingo, 11 de dezembro de 2011

GALO MALANDRO

Percebia, com tristeza, que hoje em dia acham que contar caso é só pra fazer rir. Mas sabia que antigamente, não, os casos eram contados também por outros motivos: dar notícia de lugares distantes, incutir valores de religiosidade, moral, comportamento, ideologia política...

Tinha certeza, ninguém ria de muitos dos casos que contava. Num tinham graça nenhuma. Riam era do jeito que contava. Do linguajar que usava. O caso do Anrique, por exemplo. Que graça tem? Só se for na metideza dele, de querer falar diferente do caipira que ele era. Aliás, ele era caipira duas vezes. Primeiro, porque era da roça e, depois, por que tocava música sertaneja na sanfona. Música sertaneja, naquele tempo, era chamada de música caipira e quem tocava era os caipira. Ele tocava bem demais da conta, mas não gostava de falar feito caipira de jeito nenhum. Então, um dia raro, ele desceu lá do Acá, onde morava e apareceu lá no Oco. Tinha madrugado, porque, quando chegou, o Nego Roque mais o Zé Tiano, o Luquinha e o Zé Caboco ainda estavam tirando leite. Ele chegou e ficou por ali, prosiano. Aí, teve uma hora que ele recordou uma coisa e perguntou:

- Ô, Nego, você se lembra daquela vez em que roubei uma torquês de vocês?

Até aí, nenhuma risada. Todo mundo oiano pantonte, com jaez de quem não entendeu nada. Mas, quando contava a resposta do Nego Roque...

- Ô, Trem Besta, num tá veno que é “aquela veiz que robei uma truqueis d’oceis?”

Aí, sim, o povo rolava de rir.

Pois é, desde quando ainda era mininiho piquititinho reparava no jeito de falar das pessoas. A Dona Leivina, então, velha como era e falando daquele jeito, devia de ser filha de escravos e ainda ter sotaque de alguma língua africana. Podia até ser por causa da falta de dentes, mas muita gente era sem dente e não falava assim!... Ela soltava uns blop antes das palavras. Quase não entendia nada que ela falava.

Outra coisa que achava intrigante era porque que o Passo-preto é chamado de Passo-preto? Preto, tudo bem. Ele é mesmo todo preto – olho preto, penas pretas, canela preta, pé preto... Mas Passo? Porque Passo? Não tem nada diferente no passo dele. Ele anda igualzinho os outros passarins, saltitando, pululando... Então, porque Passo? Só mais tarde, já mais grandinho e estudando, é que aprendera que passarim também é chamado de Pássaro. Aí, aos poucos, foi entendendo: esse tal de Passo era pra ser Pássaro – Pássaro-preto. É... mas achava esquisito. Passo-preto é mais bonito. Pelo menos é melhor de falar. E, se falasse Pássaro-preto, iam rir igual riam do Anrique... E tem outras coisas: córrego é corgo, abóbora é abobra, espírito é isprito, úbere é ubre, estômago é alguma coisa entre estambo e estame, se um lobulozinho é lobinho, lóbulo é lobo. O sapo, que é o "De Cócoras", ficou sendo o Dicroque, ou Dicoque. Música é musga. Dúvida é duda. Furúnculo é furunco.

Túmulo?!... Ara, túmulo é... Catatumba... Sipultura...

É... é divera, sem duda nenhuma, o povo da roça, que estudou pouco ou nada, não gosta mesmo dessas palavras esdruxas. As tais proparoxitas, lá da escola. Também puderas, a gente quase bebe o forgo no meio delas! E devia de ser isto que explicava o nome do Galo Musgo.

Parecia um mito, mas os caipiras, que adoram uma cantiga de galo, viviam falando que tinha um jeito de fazer um galo musgo, que cantava mais e melhor que os outros, que devia de ser, então, um Galo Músico. Todo mundo morria de vontade de ter um, mas ninguém sabia direito a receita nem tinha coragem de aprender. Esse negócio de sampatia era pra uns poucos, que tinham lá seus mistérios com as coisas de Deus. Além do Galo Musgo, tinha o Galo Capão, que era capado pra ajudar as galinhas a criar os pintinhos. Não sabia se ele era capaz de emperrear e chocar. Mas lembrava do galo nanico, tão bonito, cheio-de-longas-penas, furta-cor entre o vermelho, o preto e o azulão. Tinha crista vermelha-grande e duas enormes esporas brancas de tão velhas. Ele falava choco(^) e chamava os pintos, porque era capão. De modos que, de tão gordo, morreu de cansaço num dia muito quente.

Mas esse negócio de contrariar a natureza das coisas dava um medo! Todo mundo achava melhor ficar só com o galo comum, o Galo Malandro. Que bibiricava um bago de milho no chão, cacarejando grosso, oferecendo o agrado pras galinhas. Nessa hora, umas penas do pescoço dele arrupiavam, formando uma argolona de penas, assim. Ninguém sabia se era de propósito, mas, que a coisa ficava mais séria com aquela argola, ah, isso ficava! As galinhas vinham desesperadas pra ver o que que era. Mesmo quando alguém jogava um punhado de milho pra eles, elas passavam por cima dos grãos tudo e corriam direto praquele que o galo oferecia. E, quando a primeira chegava perto, enquanto ela bicava o grão de milho, ele já mudava o cacarejo e ia andando em roda dela, brabo, caprichando mais na argola do pescoço, espichando uma das asas e passando as unhas do pé por debaixo da asa, fazendo barulho nas penas. Logo-logo dava uma bicada na cabeça dela, prendia o bico num capucho de penas, fazendo ela aninhar e... Subia nela. Mas a malandragem do galo não parava aí, não. Com o tempo ele aprendia a bicar uma pedrinha ou um trenzim qualquer, fingindo que era um caroço de milho. Só pra tapear e pegar as galinhas. Ninguém sabia quem era mais malandro, se o galo que fingia oferecer um milho, ou se a galinha que fingia acreditar...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Pré-Sal, Ciência e Educação

PRÉ-SAL, ciência, tecnologia e educação*

Sérgio Mascarenhas**

Enquanto governadores, deputados e senadores brasileiros se engalfinham num cabo de guerra político pela partilha federativa dos recursos a serem gerados com a exploração do petróleo da camada pré-sal, vai passando quase despercebida e mais uma vez negligenciada a oportunidade histórica de o país garantir o uso desses recursos para dar um salto inédito e há muito necessário nas áreas de ciência, tecnologia e educação.

Se não bastasse atentar para a dívida humana e social que representa o atraso brasileiro nos indicadores de desempenho educacional e nos rankings internacionais de pesquisa e desenvolvimento, vale notar que nenhum país poderá ter um real desenvolvimento, neste século, sem um programa robusto de impulso à inovação que passe, também, pela inclusão intelectual das novas gerações.

Um verdadeiro plano de desenvolvimento da ciência, tecnologia e educação no Brasil não poderá ser feito só com protocolos de intenções, redução da burocracia e fomento pontual a programas e instituições de excelência. Nosso problema não é falta de instrumentos, e sim de recursos. Numa palavra, é preciso destinar mais dinheiro, muito mais dinheiro, para que o país possa irrigar essa cadeia de capital humano que começa nas creches, passa pelo ensino fundamental e médio até chegar às universidades, programas de pós-graduação e centros de inovação associados a empresas capazes de aplicar tecnologias na geração de riqueza.

A própria competência para explorar o petróleo do pré-sal e os serviços dele derivados, com autonomia e inteligência, em médio e longo prazos, depende da constante renovação e evolução dessa cadeia intelectual. Nunca o país precisou tanto de engenheiros, geólogos, físicos, químicos, cientistas da computação, matemáticos, entre tantos outros profissionais, cujo talento e formação se empregam em todas as etapas de geração e aplicação do conhecimento.

E não basta dar a esses futuros profissionais um diploma de nível superior. Será preciso, sim, investir na qualidade dessa formação, de modo que sejam dadas as condições para que possam inovar, gerar novas técnicas, processos e produtos intelectualmente apropriáveis e sustentar uma continuada e acirrada competição tecnológica com seus colegas norte-americanos, europeus e asiáticos.

Nas últimas décadas, os ciclos de produção e aplicação do conhecimento se encurtaram, levando a uma convergência temporal entre ciência e tecnologia. Enquanto foram necessários 40 anos desde o estabelecimento das leis da eletricidade e magnetismo até o funcionamento do motor elétrico, a tecnologia mais recente da luz laser, por exemplo, já encontrou utilidade no mesmo ano de seu invento.

Cada vez mais, produtos, processos e serviços tecnológicos têm vida curta, pressionados por um novo ciclo de inovação dentro de uma economia globalizada e com competitividade acelerada. Vale então perguntar: em que, exatamente, o Brasil tem se mostrado inovador? Até hoje não temos um único Prêmio Nobel, nem científico nem literário. Se quisermos comparar, basta lembrar que a Universidade Rockefeller, de Nova York, sozinha, já recebeu 26 deles, e o mais recente na área da medicina. O fato é que nossos jovens nunca foram devidamente educados para uma cultura baseada em ciência e tecnologia.

Basta olhar em torno. Campos de pelada há em todo lugar, do centro às periferias. Carnaval fora de época, quase todo fim de semana. Já museus de ciência, planetários e bibliotecas são raros e parecem cada vez menos procurados, assim como a própria carreira de professor, como mostrou estudo recente da Fundação Carlos Chagas. Para mudar isso, ciência e tecnologia precisam impregnar o sistema educacional. Nossa inovação deveria começar pelos métodos e processos de ensino. Ainda estamos longe da “escola-parque” sonhada por Anísio Teixeira. Nossos redutos de educação ainda respiram um ar cartorial, com estruturas engessadas, em que a tecnologia é mal empregada e crescem os impulsos ao bullying e à violência.

Nesse ambiente, os professores vivem uma espécie de síndrome de quatro medos: o medo do aluno, o medo do seu próprio desamparo pedagógico, o medo do conhecimento avassalador, que jorra pela internet, e o medo do futuro de sua carreira, desprezada não só pelo Estado, mas também pelos sistemas privados, com salários irrisórios e cargas didáticas intensas.

Mas não estamos perdidos. Há diversos bons exemplos de como virar esse jogo espalhados pelo Brasil. Um deles é a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que aproximou a ciência e tecnologia do agronegócio nacional. Ainda falta popularizar a banda larga, informatizar escolas, disseminar o uso de computadores pessoais, criar centenas de museus e centros de ciência, promover o uso cívico das redes sociais e a produção de conteúdos educativos por agências multimídia, entre outras propostas que tive a oportunidade de apresentar durante a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável, em 2010, em Brasília.

Agora, nossas esperanças repousam na angustiada solicitação da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) para que parte dos recursos do petróleo do pré-sal seja destinada, em lei, para esses urgentes investimentos em ciência, tecnologia e inovação, formando o alicerce do desenvolvimento futuro do país. A meta deve ser, no mínimo, duplicar o volume de recursos investidos ao ano nessas áreas. Isso, sim, seria um verdadeiro salto de desenvolvimento do Brasil.

* Publicado no jornal O Estado de São Paulo de 28 de novembro

* Presidente honorário da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), membro titular da Academia Brasileira de Ciências e professor emérito do Instituto de Física de São Carlos, da USP

domingo, 4 de dezembro de 2011


A PRINCESINHA DO SÃO FRANCISCO

A gente nem se surpreende mais com a riqueza do solo e subsolo deste País onde, desde sempre, em se plantando tudo deu e, de uns tempos para cá, em se furando, tudo passou a esguichar.

Agora, quem vai ficar bonita no mapa econômico é a pequena cidade mineira de Morada Nova de Minas, até então sem maiores perspectivas quanto ao futuro de seus oito mil e poucos habitantes.

Quis a natureza que das estranhas da pacata “Princesinha do São Francisco” — a quase 300 km ao norte de Belo Horizonte — aflorasse a riqueza dos hidrocarbonetos. Mas de um jeito espetacular.

Em apenas um poço, a Orteng, uma empresa privada que vem procurando gás na região há mais de dois anos, encontrou entre 175 bilhões e 195 bilhões de metros cúbicos de gás natural.

Para se ter uma ideia do tamanho do achado, na prática isto permitiria uma extração diária de cerca de 6 milhões de metros cúbicos ao longo dos próximos 25 anos.

Também significa que deste único poço será possível extrair 20% do que o Brasil importa da Bolívia todos os dias para abastecer indústrias, usinas térmicas de energia, lares e carros país afora.
Hoje o Brasil tem um volume de reservas provadas de 417 bilhões de metros cúbicos de gás natural e as descobertas da Orteng ainda precisam de mais dados para entrar nessa conta.

Mas se forem confirmadas essas estimativas, é um volume de gás espantoso para apenas uma perfuração, representando algo bastante próximo de 50% de todo o gás que já foi descoberto no Brasil.
Só que as boas perspectivas se estendem bem mais adiante: pesquisas indicam que pode haver concentrações de gás em uma área que vai desde o centro do Estado até quase a divisa de Minas Gerais com a Bahia e com Goiás.

Além de Morada Nova de Minas, já foram encontrados indicativos de concentrações volumosas de gás em outras duas cidades do norte do Estado – Brazilândia de Minas e Corinto, que também vivem momentos de euforia.

A expectativa do governo de Minas Gerais é de que os investimentos apenas em prospecção passem dos R$ 1,2 bilhão nos próximos anos.

Conheça mais sobre Morada Nova de Minas no blog do Harley Moura e veja a sua vasta galeria de fotos no Flickr. (clique nas imagens deste post para ampliar)

Informações completas aqui

Minas quer criar parque de térmoelétricas movidas a gás

Idéia é que usinas sejam construídas sobre os poços de extração do combustível ao longo de todo estado.

Foto: Getty Images

A secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas, Dorothea Werneck, quer usinas térmicas para geração de energia elétrica no estado
Apesar de as descobertas de grandes reservas de gás natual em Minas Gerais ainda carecerem de pesquisas mais aprofundadas para comprovar sua viabilidade econômica, o governo mineiro já faz planos de como vai transformar o combustível em dinheiro. O projeto principal passa pela construção de usinas térmicas para geração de energia elétrica nas regiões onde forem ocorrendo as descobertas. 

Leia também: Descoberta de reserva gigante cria corrida do gás em Minas Gerais

“Esse é um plano, mas não é o único. Nós estamos muito, muito otimistas e acreditamos que isso pode transformar uma das regiões mais pobres de Minas, mas tudo com o pé no chão”, diz a secretária de Desenvolvimento Econômico do estado, Dorothea Werneck.

A ex-ministra da Indústria e Comércio do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso acredita que as usinas poderiam ser instaladas junto aos poços de extração e ligadas às linhas de transmissão que passam pelo Estado. “Em Morada Nova, com o que foi descoberto lá, poderíamos fazer três usinas com capacidade de 500 megawatts cada”, diz ela. A Secretaria de Desenvolvimento chegou a contratar uma consultoria para que um plano de aproveitamento do gás seja feito. “Em janeiro estará pronto e vamos começar a trabalhar”.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Descoberta de reserva gigante cria corrida do gás em Minas Gerais

Indícios mostram que depósitos podem equivaler a metade de todo o gás natural existente no Brasil; veja as águas que pegam fogo

Yan Boechat, iG São Paulo | 01/12/2011 05:57
Foto: Yan Boechat Ampliar
A barragem da hidrelétrica de Três Marias isolou a cidade de Morada Nova de Minas da BR-040, a principal artéria econômica da região central de Minas Gerais
Morada Nova de Minas é uma daquelas cidades que parecem viver um eterno domingo. Nas ruas, sempre poucas pessoas e carros preguiçosos param a cada esquina, como que em respeito a sinais de trânsito imaginários. Nas praças, raros são os momentos nos quais há crianças barulhentas o suficiente para quebrar o silêncio, a trilha sonora dessa cidade a 280 km ao Norte de Belo Horizonte. Há quase 60 anos isolada da artéria econômica da região central de Minas Gerais – a rodovia BR-040 – pela construção da barragem da hidrelétrica de Três Marias, à primeira vista, Morada Nova parece ser uma cidade fadada a ser assim, meio triste, meio decadente e sem grandes perspectivas.

Foto: Yan Boechat Ampliar
Na praça principal de Morada Nova, o silêncio e o vazio fazem as honras numa segunda-feira
Mas calmaria típica de uma manhã de segunda-feira esconde o rápido curso de uma revolução com potencial para mudar para sempre não só o destino da pacata Morada Nova, como também o de dezenas de municípios mineiros e do próprio estado em si. Foi ali, a poucos quilômetros da igreja que homenageia Nossa Senhora de Loreto, a padroeira local, que em agosto deste ano fez-se a primeira descoberta concreta e volumosa de gás natural em Minas Gerais.
Apenas em um poço, a Orteng, uma empresa privada que vem procurando gás na região há mais de dois anos em parceria com o governo mineiro, diz ter encontrado algo entre 175 bilhões e 195 bilhões de metros cúbicos de gás natural, o que permitiria uma extração diária de cerca de 6 milhões de metros cúbicos pelos próximos 25 anos. Na prática isso significa que, se as previsões da companhia estiverem certas, apenas de um poço será possível extrair 20% do que o Brasil importa da Bolívia todos os dias para abastecer indústrias, usinas térmicas de energia, lares e carros país afora.

Crescimento constante

Em dez anos as reservas provadas de gás quase dobraram no Brasil (em bilhões de metros cúbicos)
ANP

“Com as informações que levantamos até o momento, temos indicativos muito bons de que de fato esse volume estará disponível para exploração, mas ainda precisamos de mais pesquisas para podermos usar a palavra certeza”, diz Frederico Macedo, gerente de Óleo e Gás da Orteng. “Mas não há dúvida de que temos hidrocarbonetos lá”. Hoje o Brasil tem um volume de reservas provadas de 417 bilhões de metros cúbicos de gás natural e as descobertas da Orteng ainda precisam de mais dados para entrar nessa conta.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Hora de agradecer aos Chicos e Chicas

Amigos de "Os Chicos",

Gostaria apenas de dizer muito obrigado a todos. Obrigado por terem acreditando nesta minha loucura de sair correndo toda essa beirada de rio atrás de Franciscos e Franciscas. Agora essa loucura viro realidade. Eu e Leo conseguimos fazer um belo livro, que todos os ribeirinhos terão orgulho.

E agora vem a parte de realizar o meu grande sonho: voltar a encontrar com os personagens do livro. Pessoas simples, que viraram amigas e que doaram um pouco do seu tempo e de sua história a este projeto.

Amanhã, eu e Leo embarcamos para Petrolina. Lá, na sexta-feira, faremos o lançamento do livro. Na verdade, uma grande festa para comemorar os personagens: Chico Egídio, Devilles, Francisca do Alimentadeiras, Chico Chagas, as Franciscas do Samba de Veio, Francisco da Creche Gente Valente de Sobradinho, Francisquinho de Cabrobó e os familiares de Chico Benvindo.

De lá, seguimos viagem para reencontrar Chicoteca e os amigos de Remanso. A viagem segue e estaremos em Paulo Afonso e depois Penedo. E não iremos parar aí!!!!

Enfim, como eu prometi a todas as pessoas que conversei a cada chegada na cidade, durante a pesquisa de Os Chicos, eu não estaria ali para tomar o tempo das pessoas e nunca mais dar notícias. Pelo contrário, como eu prometi, o projeto para mim só teria fundamento se eu fizesse isso que faço a partir de amanhã: devolver aos personagens todas as homenagens que eles merecem por fazerem parte desta obra!!!!!

Até!!!!

Abraço,

Gustavo Nolasco
Projeto Os Chicos


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

De volta ao Brasil. Ex-Cruzeiro, moradense Wagner deve vestir a camisa do Flu!

Tirone admite "perder" Wagner e lamenta por São Paulo não ter praia

21 de novembro de 2011 21h25 atualizado às 21h47
Negociações do Palmeiras com Wagner, ex-Cruzeiro, esfriaram. Foto: Getty Images
 Negociações do Palmeiras com Wagner, ex-Cruzeiro, esfriaram
Foto: Getty Images

 
O meia Wagner era um dos principais objetivos do Palmeiras para a próxima temporada. Porém, o presidente alviverde, Arnaldo Tirone, já admite ter perdido a concorrência para o Fluminense, que está perto de anunciar a contratação do ex-cruzeirense.

"Fiquei em cima disso na sexta e no sábado, mas estava difícil. Quando um jogador tem opção de jogar no outro time, não adianta... Infelizmente, o Wagner não deve vir ao Palmeiras", afirmou o mandatário, à rádio Bandeirantes.

Wagner se destacou no futebol brasileiro jogando pelo Cruzeiro e, atualmente, defende o Gaziantepspor, da Turquia. Curiosamente, prestes a perder mais uma disputa para o Fluminense, Tirone lamentou a falta de praia na capital paulista.

"Falta colocar uma praia em São Paulo, na Faria Lima (avenida)", brincou. "Os caras estão preferindo jogar no Rio de Janeiro". No primeiro semestre, o clube tinha praticamente tudo acertado com meia Martinuccio, mas o argentino se transferiu para o Fluminense.

Fonte: http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro/2011/noticias/0,,OI5482499-EI17896,00-Tirone+admite+perder+Wagner+e+lamenta+por+Sao+Paulo+nao+ter+praia.html

Modéstia Mineira!!



Recebida por e-mail e adaptada para Morada Nova de Minas

Estava um amigo num passeio em Roma quando, ao visitar a Catedral de São Pedro ficou abismado ao ver uma coluna de mármore com um telefone de ouro em cima.

Vendo um jovem padre que passava pelo local foi perguntar razão daquela ostentação.

O padre então lhe disse que aquele telefone estava ligado a uma linha direta com o paraíso e que se ele quisesse fazer uma ligação teria de pagar  100 dólares.

Ficou tentado com o trem porém declinou da oferta.

Continuando a viagem pela Itália encontrou outras igrejas com o mesmo telefone de ouro na coluna de mármore. Em cada uma das ocasiões  perguntou a razão da existência e a resposta era sempre a mesma:

Linha direta com o paraíso ao custo de 100 dólares a ligação.

Depois da Itália, chegando ao Brasil, foi direto para  Morada Nova de Minas. Ao visitar a nossa gloriosa Igreja de Nossa Senhora de Loreto, ficou surpreso ao ver novamente a mesma cena: uma coluna de  mármore com um telefone de ouro.

Sob o telefone um cartaz que dizia: LINHA DIRETA COM OPARAÍSO - PREÇO POR LIGAÇÃO = R$ 0,25 ( vinte e cinco centavos ).

Não agüentou e disse : Uai.... padre viajei por toda a Itália e em todas as catedrais que visitei vi telefones exatamente iguais a este, mas o preço da chamada era 100 dólares. Por que aqui é somente R$ 25 centavos?

O Padre sorriu e disse ao meu amigo, você está em Morada Nova de Minas. Aqui a ligação é local.

O PARAÍSO É AQUI.....

domingo, 20 de novembro de 2011

Mapeamento definirá uso do gás em Minas Gerais

Fonte: Estado de Minas

Zulmira Furbino 

Publicação: 20/11/2011 07:31 Atualização
Em dois meses, a oferta de gás natural na porção mineira da Bacia do Rio São Francisco, distribuída numa área que ocupa nada menos do que 25% do território estadual, e o destino industrial do insumo serão completamente mapeados por uma empresa contratada pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a Gas Energy. O estudo mostrará o estado geral das condições da bacia, integrando informações sobre as opções de destinação futura do gás, como um levantamento das cadeias produtivas que poderiam se instalar na região, que reúne mais de 100 municípios. A expectativa é que o plano diretor que baterá o martelo sobre a viabilidade econômica da exploração comercial do gás seja entregue no fim de janeiro.

“Uma coisa é você ter sinal do gás, a outra é verificar se a exploração desse gás é viável”, justifica a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck. A primeira análise de viabilidade econômica já realizada entre os 39 blocos licitados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 2007, em Morada Nova de Minas, apontou um volume de 6 milhões de metros cúbicos ao dia por 25 anos.

O Brasil importa diariamente da Bolívia 30 milhões de metros cúbicos de gás natural. A Gas Energy foi contratada pela Cemig para elaborar o estudo que subsidiará o desenvolvimento das atividades de exploração e produção na Bacia do São Francisco. A estatal mineira, em parceria com outras empresas, detém a concessão de quatro blocos exploratórios na Bacia do São Francisco, arrematados na 10ª Rodada de Leilões da ANP, em dezembro de 2008.

O trabalho consiste em levantar produtos associados ao acompanhamento da exploração dos blocos da bacia, relatório de mapeamento dos potenciais mercados consumidores de gás natural, mapa dinâmico em plataforma georeferenciada com informações estruturais e socioeconômicas da região, planilha para cálculo dos royalties e participações especiais, avaliação de custos de produção e preços de venda para o gás natural, entre outros temas. “O gás natural é um produto diferente do petróleo. O insumo só pode ser explorado se houver uma cadeia industrial na frente. Não se vende o gás natural sem viabilizar essa cadeia”, explica Paulo Sérgio Machado Ribeiro, subsecretário de Desenvolvimento Mínero-metalúrgico. De acordo com ele, o preço do gás natural depende da cadeia produtiva que está a frente dele. “Só a descoberta não viabiliza a exploração.”

terça-feira, 15 de novembro de 2011

GALO "MUSGO"

Toda vez que o assunto era o Natal, pedia pra entrar na conversa e ia logo comentando que, hoje em dia, as pessoas não lembram mais do galo. É... Porque, antigamente, além do burrinho, da vaquinha e do carneiro, o galo também fazia parte do Nascimento. Lembrava que os mais velhos contavam pra meninada que foi o galo que anunciou, cantando na madrugada do dia 25 de dezembro: Cristo-cristo nasceu!!! E a vaquinha tinha perguntado: Onde? Onde? E o carneirinho respondido: Belém! Belém! Achava que o burrinho não tinha falado nada não... Não lembrava.

Continuava contando, inclusive, que tinha ajudado muito a mãe a fazer o Presépio no Natal e que sempre colocava o galo, pousado no alto da gruta ou na cuminheira da choupana. Também tinha aprendido com ela uma coisa que mostrava a grande relação do galo com o Natal. A criação de galo musgo. Tinha visto ela criar um na fazenda. E deu certinho. O galinho foi crescendo e madurando a cantiga. Começou igual a todo galo. Levantava o corpo, espichava o pescoço e cantava, fazendo um movimentozinho pra frente com o pescoço, parando quando o canto acabava. Depois passou a baixar a cabeça até encostar o bico no chão, de tão grande que era a cantiga, pois repicava o grito como nenhum outro galo fazia. No final, ele já até empinava mais o pescoço pra trás, pra aumentar o tamanho do movimento. Quase encostava a cabeça lá no sobre, onde nasce o rabo. Começava a cantiga e ia levando o pescoço, assim, pra frente. Mais ou menos no meio, redobrava o canto e ia espichando o pescoço até quase bater o bico no chão. E ainda dava uma puxada, assim, pra trás novamente pra continuar cantando, quando o fôlego acabava. Cantava até pra dentro, nessa hora.

Dizia que, além de cantar mais que os outros, o galo cantava muito mais vezes no dia. Fazia questão até de imitar, assim menos ou mais, como o galo fazia. A cantiga na voz e o movimento no braço. O pai nem aguentou tanta cantoria. Começou a implicar com o galo, dizendo que um gato-do-mato bem que podia pegar esse diacho desse galo. Tentava espantar ele quando ele começava a cantar, mas ele nem fugia direito, pra não interromper a cantiga. Dava uma corridinha assim, de lado, e continuava cantando até terminar. Muitas vezes o pai tinha mandado matar o galo, mas ninguém tinha coragem, pelo gosto que tinha nele e por causa da ligação dele com o Natal. Até que um agregado pediu e levou ele pra um dos Retiros. Lá pra Baixo, ou pro Acá. E a mãe tratou de esquecer a receita de criar galo musgo.

Mas ainda lembrava como ela tinha feito. Deu trabalho! Logo que entrou Dezembro, ela começou a seguir as galinhas que já estavam falando choco, pra achar os ninhos onde iam emperrear. E a juntar ovo pra por pra chocar. E a deixar indez nos ninhos mais fáceis e mais de perto, pra facilitar. No dia 04, dia de Santa Bárbara, ela marcou uma cruz de carvão nuns ovos e trocou eles pelos ovos do ninho de uma galinha que já estava chocando, à meia noite, para os pintinhos nascerem no dia 25. Cê sabe, né! Galinha choca é braba e não sai de riba dos ovos de jeito nenhum. De modos que ela levou muita bicada, mas, de vez em quando, visitava o ninho pra retirar algum ovo que alguma galinha pudesse ter botado, lá, depois do dia 04. Então... A cruz de carvão marcava a fé e a data.

No dia 25, escutou mais uma vez as reclamações do pai, quebrou pau no ouvido e foi ver o ninho. Tinha tirado um pintinho, que ela deve de ter marcado de alguma forma, ou jogado fora os outros ovos que não tinham tirado ainda. Aí, passou a viver com a preocupação dos outros, enquanto o pintinho ia crescendo: E se fosse uma pintinha?... Era capaz de ser musga também?... Credo! Galinha que canta!... Não presta. É mau sinal. Faz mal. Sei lá. Mas ela tinha certeza que era um pintinho, que ia virar um galo musgo.

E foi mesmo. Lembrava dele em todas as férias e feriados, na fazenda, provocando admiração e comentários dos outros e indignação no pai. Até o dia que ele não foi mais visto e tinha ficado sabendo que ele foi levado pro Retiro. Lá em Baixo, ou no Acá.

(Lucas Donizete da Silva, Contagem, 15 de novembro de 2011)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pertencimento

Escrito por Ana Maria Batista   
Qua, 09 de Novembro de 2011 00:29

Quando vou à Morada Nova
Passando pela estrada de chão escuro
Quase sempre me impaciento
Pois demora demais pra chegar.

E quando avisto aquele bambuzal
Tão verde e tranquilo
Na ponte do Córrego D. Joana
Aí então meu coração se derrete

E em bambuzal quero me transformar.

Pois é inexplicável o fascínio que ele exerce sobre mim
Tão fraco e tão maleável ao vento é um bambu sozinho
E tão fortes, poderosos e cantantes são todos eles unidos.

Mas, ah! Que triste!  Em bambuzal não posso me transformar
Tão fraca que nem permito ao vento me balançar
Não entendo de união e nem tão pouco sei cantar.

E quando já estou em Morada Nova, da minha janela
Vejo uma linda Palmeirinha Indaía tão alegre a dançar
Que mais que o bambu, pelo vento se deixa levar
Aí então meu coração sente inveja

E em Plameirinha Indaiá quero me tansformar.

Pois é inexplicável o fascínio que ela exerce sobre mim
Tão fraca, tão volúvel e indolente é a Palmeirinha
Então onde a resistência para suportar o pouso da ararinha
Sempre em seus galhos a matracar?

Mas, ah! Que triste! Em Palmeirinha não posso me transformar

Tão fraca que nem permito ao vento me balançar
Tão boba aquela bailarina Palmeirinha
Que nem consegue a ararinha espantar

Mas quando vou à Morada Nova
Passando pela estrada do chão vermelho
Quase nunca me impaciento
Porque aquele chão é o meu lugar

Quando olho aquela represa tão azul
Com águas tão aparente calmas
Onde felizmente tenho de atravessar
Aí então meu coração se desmancha

E em represa quero me transformar

Pois é inexplicável o fascínio que ela exerce sobre mim
Tão forte,  poderosa e avassaladora
Que por muito tempo fez a gente chorar

Mas, ah! Que triste! Em represa não posso me transformar
Tão fraca que nem permito às águas me levar
E novamente andar nas terras que o avô costumava pisar.

E quando já estou em Morada Nova
Pela natureza a caminhar
Dou de cara com a mais linda cachoeira
Correndo barulhenta pela montanha de pedra

E  ah! Não tem mais tristeza, em cachoeira emontanha de pedra não vou me transformar
Porque montanha de pedra é o que sou
Lascada aqui, uma aresta de cá uma aspereza de lá
Um cristalino fiozinho de água, vez ou outra uma florzinha!

Pois é como o tempo esculpe bem devagar!

sábado, 5 de novembro de 2011

Petrobras investe R$70 mi em análise de solo, mas não encontra reserva de gás

A Petrobras deixará os poços analisados dentro de cinco meses. 

Da redação

Fonte: O Tempo Online

Se tem gás natural na Bacia do São Francisco, no Norte de Minas Gerais, a Petrobras ainda não encontrou. A estatal já gastou R$ 70 milhões - R$ 30 milhões na radiografia do subsolo para os poços Oséas, Amós e Pedras e outros R$ 40 milhões apenas para os dois solos de Amós e Oséas - e até o momento, nada de reserva. "Amós e Oséas não têm reserva, a gente só achou indício", afirmou ontem, em Belo Horizonte, o coordenador do projeto, Heitor Roberto Furrechi.  

A última perfuração nesse programa exploratório da Petrobras começou anteontem, no poço Pedras, em Brasilândia de Minas, região onde também foram feitas perfurações no poço Oséas.  
O poço de Amós fica em João Pinheiro. No poço Pedras serão 145 dias de prospecção com a sonda de perfuração SC-109 que tem 6.000 metros.  

A Petrobras deixará o local dentro de cinco meses. E os poços serão descartados? "Com descoberta ou não, a Petrobras vai embora", disse Heitor Furrechi. Ele informou que já foram colocados tampões de cimento nas perfurações do poço Amós onde ficou sete meses e sete dias. "A gente tem que conhecer a bacia. Não é uma coisa óbvia, é uma fase de conhecimento", afirmou o engenheiro.  
Furrechi disse que é difícil perfurar uma área remota. "Tivemos que trazer a sonda sozinha em 115 cargas de Alagoas, equipamentos para o poço do Espírito Santo e tratamentos de resíduo de Macaé, do Rio de Janeiro", contou Furrechi.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ficar velho!

Recebida por e-mail

Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa.
 
Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo. 
Eu me tornei meu próprio amigo.

Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio.

Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante.

Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento. 

Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? 

Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 & 70 e, se eu, ao mesmo tempo,  sentir desejo de chorar por um amor perdido ...  Eu vou chorar.

Vou andar na praia em um short excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.

Eles, também, vão envelhecer.

Eu sei que eu sou às vezes esquecido.  Mas há mais algumas coisas na vida que devem ser esquecidas.
Eu me recordo das coisas importantes.

Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado.

Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro?

Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão.  Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude  gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.

Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.

Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. 

Você se preocupa menos com o que os outros pensam. 

Eu não me questiono mais.

Eu ganhei o direito de estar errado.

Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ficar velho. 

A velhice me libertou. 

Eu gosto da pessoa que me tornei. 

Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. 

E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Os Chicos será atração da V Bienal Internacional do Livro de Alagoas

A história dos moradores ribeirinhos do Rio São Francisco será um dos temas da programação desta quarta-feira (26\10) na V Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que acontece no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso (Rua Celso Piatti, s\nº – Jaraguá). O grande rio e sua gente são os temas do livro Os Chicos – Prosa e Fotografia, dos mineiros Gustavo Nolasco e Leo Drumond, que será lançado às 19 horas, no estande da Secretaria de Estado de Cultura.

De 2008 a 2011, Nolasco e Drumond percorreram as margens do rio São Francisco, passando pelos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Este longo trabalho de pesquisa, denominado Projeto Os Chicos, revela um pedaço da história do rio da integração nacional por uma ótica até hoje pouco explorada: a partir da narrativa das próprias pessoas que vivem às suas margens.
As experiências humanas, sociais e culturais que os ribeirinhos quiseram mostrar aos autores foram o caminho escolhido para construir uma nova forma de falar sobre a combinação de um bem natural e a necessidade do homem de transmitir, pela oralidade, sua cultura para as novas gerações.

Com base nas histórias que os ribeirinhos quiseram contar, surgem as publicações: Os Chicos – Prosa e Os Chicos – Fotografia. Duas leituras poéticas e históricas da sociedade que habita as margens do rio São Francisco.

Lançamento de Os Chicos lota Academia Mineira de Letras

Mesmo a forte chuva não foi capaz de desanimar o público de aproximadamente 600 pessoas que compareceu à Academia Mineira de Letras, em Belo Horizonte\MG, na noite de segunda-feira (17\10), para prestigiar o lançamento do livro Os Chicos. A publicação é resultante do projeto idealizado pelo jornalista mineiro Gustavo Nolasco, conduzido em parceria com o fotógrafo Leo Drumond.

Das 19h30 às 24h, Nolasco e Drumond autografaram cerca de 250 exemplares do livro e receberam os cumprimentos do governador em exercício de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, da secretária de Estado da Casa Civil, Maria Coeli, do secretário adjunto de Agricultura, Paulo Romano, e do secretário adjunto de Governo, Leonardo Couto. Também prestigiaram os autores a presidente do Servas, Andrea Neves, o presidente do BDMG Cultural, Washington Mello, o presidente da Rádio Inconfidência, Valério Fabris, o presidente do Grupo Orguel, Francisco Guerra, o diretor da CBMM, J.D. Vital, e o presidente da Academia Marianense de Letras, Roque Camêllo, além dos editores de fotografia dos jornais mineiros, fotógrafos, produtores culturais, jornalistas, artistas, amigos e familiares dos personagens retratados no livro.

Veja fotos do evento e conheça mais sobre o projeto em: http://www.oschicos.com.br/blog/?p=764

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Deus é o Culpado ?

Recebida por E-mail

Finalmente, a verdade é dita na TV Americana.

A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela:

- Como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer, no dia 11 de setembro?

Anne Graham deu uma resposta profunda e sábia:

- ” Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas. Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que Deus nos dê a sua bênção e a sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco?...

- À vista de tantos acontecimentos recentes - ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc... - eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O'hare (que foi assassinada), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas Americanas, como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião...

- ...Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas... A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. E nós concordamos com esse alguém...

-... Logo depois, o Dr. Benjamin Spock disse que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto estima, (o filho dele se suicidou) e nós dissemos: "Um perito nesse assunto deve saber o que está falando". E então concordamos com ele....

- ...Depois alguém disse que os professores e diretores das escolas não deveriam disciplinar nossos filhos quando se comportassem mal. Então foi decidido que nenhum professor poderia tocar nos alunos... (há diferença entre disciplinar e tocar)....

- ...Aí, alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem. E nós aceitamos, sem ao menos questionar....

- ...Então, foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas quantas eles quisessem, para que eles pudessem se divertir à vontade. E nós dissemos: "Está bem!" ...

- ...Então, alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia e uma apreciação natural do corpo feminino...

- ...Depois, uma outra pessoa levou isso um passo mais adiante e publicou fotos de crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição da Internet.  E nós dissemos: "Está bem, isto é democracia, e eles têm o direito de ter liberdade de se expressar e fazer isso"...

- ...Agora, nós estamos nos perguntando por que nossos filhos não têm consciência e por que não sabem distinguir entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, por que não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios... Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender: nós colhemos aquilo que semeamos!!!...

- ...Uma menina escreveu um bilhetinho para Deus:
"Senhor, por que não salvaste aquela criança na escola?“...

- ...A resposta dele:
"Querida, não me deixam entrar nas escolas!" ...

- ...É triste como as pessoas simplesmente culpam a Deus e não entendem porque o mundo está indo a passos largos para o inferno...

- ...É triste como cremos em tudo que os Jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que a Bíblia, ou do que a sua religião, que você diz que segue, ensina...

- ...É triste como todo mundo quer ir para o céu, desde que não precise crer, nem pensar ou dizer qualquer coisa que a Bíblia ensina. É triste como alguém diz: "Eu creio em Deus", mas ainda assim segue a satanás, que por sinal, também "crê" em Deus... “

É engraçado como somos rápidos para julgar, mas não queremos ser julgados! ...

...Como podemos enviar centenas de piadas por e-mail, e elas se espalham como fogo, mas quando tentamos enviar algum e-mail falando de Deus as pessoas têm medo de compartilhar e reenviá-los a outros!

É triste ver como o material imoral, obsceno e vulgar corre livremente na Internet, mas uma discussão pública a respeito de Deus é suprimida rapidamente na escola e no trabalho. É triste ver como as pessoas ficam inflamadas de Cristo no domingo, mas depois se transformam em cristãos invisíveis pelo resto da semana...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

ATÉ PERTINHO DO ALÉM

SE A VIDA LHE DER UM LIMÃO, VOCÊ NÃO É OBRIGADO A CHUPÁ-LO. NEM A SAIR POR AÍ FAZENDO CARETA. MELHOR É FAZER DELE UMA LIMONADA. NA SEMANA PASSADA (ENTRE 08 E 10 DE OUTURO DE 2011) FEZ UM ANO QUE A VIDA ME DEU UM LIMÃO: MINHA PRIMEIRA CRISE DE FIBRILAÇÃO ATRIAL, COM UMA FORTE E LONGA TAQUICARDIA. (POUCA GENTE SABE, MAS MEU CORAÇÃO VOLTOU A ACELERAR EM 13 DE MAIO DE 2011 E, DESTA VEZ, TIVE QUE TOMAR O CHOQUE DO DESFIBRILADOR, PARA VOLTAR AO NORMAL). SINTO QUE MORRI UM POUQUINHO, MAS APROVEITEI PARA FAZER UMA LIMONADA, QUE, HOJE, VENHO MOSTRAR A VOCÊS. ALGUNS NÃO VÃO GOSTAR, DECERTO, AFINAL A LIMONADA MANTÉM UM POUCO DO AZEDUME DO LIMÃO, ALÉM DE LHE EMPRESTAR UM CERTO AMARGOR. MAS TUDO BEM...

ATÉ PERTINHO DO ALÉM

Naquele fim de semana
viajei de ambulância
 
Sai do hospital
 
Passa para a rua
Uiuiuiuiuiuiuiuiiiiiiiii
 
Passa umas árvores
Passa um poste
passa poste
passa poste
Passa um viaduto
passa poste
passa poste
Passa uma passarela
Passa outras árvores
Passa outro poste
passa poste
passa poste
passa poste
passa
poste pas
sa poste pas 
sa poste pa 
ssa poste pa
ssa poste pas
saporte
passaporte
passaporte pass
aporte pass 
aporte paz  
 
FUUUUUiiiiiiiiiii
 
Mas o Consulado CTI
não carimbou meu passaporte

(Lucas Donizete - Contagem, 11 de outubro de 2010)

domingo, 16 de outubro de 2011

Pôr do Sol na Balsa do Porto Novo em Morada Nova de Minas

Publicadas novas fotos da bela paisagem do Porto Novo
em Morada Nova de Minas.

Quem você quer como candidato a Prefeito de Morada Nova de Minas na próxima eleição?

Morada Nova de Minas

O incício de uma nova realidade.

Morada Nova de Minas vive um momento de grande transformação e de muitas oportunidades. Após a descoberta do Gás Natural na Bacia do Rio São Francisco e com a perfuração do primeiro poço de extração no município, a cidade passou a estampar páginas de jornais e noticiários de todo país e até mesmo chamou a atenção da mídia internacional.

É certo que muito ainda precisa ser feito até que se dê início à exploração comercial do gás natural e para que a cidade perceba os resultados desta exploração, entretanto, grandes investimentos já foram e estão sendo efetuados na infraestrutura necessária para viabilizar o processo exploratório.

Além da expectativa do gás natural, a cidade vive também a expectativa do asfaltamento de 38 km da MG-415, que faz a ligação entre o município e a BR-040,  o que poderia desencadear o desenvolvimento do turismo na região, gerando empregos, renda e grandes oportunidades para a população local. Tal expectativa vem da promessa de campanha do atual Governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, na última eleição e pelo fato deste trecho de estrada ter sido incluído no programa "Caminhos de Minas", principal projeto e carro chefe do Governo Estadual.

Culturalmente, tanto a comunidade quanto as autoridades - políticos e administradores - de Morada Nova de Minas carregam, ao longo de muitos anos, o estigma de esperar que as coisas aconteçam naturalmente, que qualquer melhoria caia do céu ou que venha das Esferas superiores. Criou-se o hábito de festejar,  comemorar e até mesmo enaltecer pequenas ações destinadas ao município, que muitas vezes não levam nenhum benefício de fato, ou pior, muitas vezes não passam de promessas ou publicidade enganosa, com fins de promoção pessoal ou política.

Não se pode culpar apenas os políticos, os gestores ou os agentes públicos pelo dá errado, pelo que é feito de forma equivocada ou simplesmente pelo que não é feito. Como cidadãos, também somos responsáveis por cada ação praticada por essas pessoas, por cada ação em benefício de nossa cidade, por cada ação que de alguma forma nos causa prejuízo ou que nos impede de evoluir. Temos a principal arma contra os maus agentes públicos, os maus gestores, os maus adminstradores e os maus políticos. TEMOS O NOSSO VOTO. É através do voto de cada um de nós, que decidimos quem ocupará as cadeiras responsáveis por legislar e por nos administrar, ou seja, que será também responsável pelo nosso futuro.

Precisamos votar com bastante consciência, pensando não somente no hoje, mas no amanhã e em todos os dias de mandato daquele em quem estamos votando. Muitas vezes, um benefício pessoal oferecido hoje, pode não ser o melhor no futuro, para quem o está recebendo no agora.

Morada Nova de Minas está tendo oportunidades únicas, ímpares, vividas por poucas cidades do nosso país. Para aproveitá-las precisamos de pessoas empreendedoras, capacitadas, corajosas, inteligentes, responsáveis e principalmente, comprometidas com a comunidade toda, e não apenas com um grupo de amigos ou um grupo de partido ou coligação. Precisamos de pessoas que de fato consigam levar o desenvolvimento à nossa cidade e a melhoria da qualidade de vida dos nossos conterrâneos.

Vote certo! Vote consciente!

sábado, 15 de outubro de 2011

Petrobras fará nova perfuração em MG

Fonte: Diário do Comércio

A Petrobras vai abrir novo poço de perfuração em Brasilândia de Minas, no Noroeste do Estado, em função do material recolhido com a primeira perfuração indicar que existe jazida de gás natural com valor comercial. A informação é do secretário de Estado de Desenvolvimento dos vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, Gil Pereira.

"O poço deve ficar a cerca de 40 quilômetros de distância do primeiro furo feito pela estatal", confirma Pereira. Ele lembra, conforme já havia afirmado ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, que a Petrobras já teria em caixa cerca de US$ 1,2 bilhão para a construção de duas usinas térmicas para distribuição na região.

Além do novo poço exploratório, Pereira revela que o governo de Minas negocia a concessão de incentivos fiscais à estatal, tendo como contrapartida a garantia de compra de matéria-prima (óleo de mamona) para a usina de biodiesel da Petrobras em Montes Claros (Norte de Minas) dentro do Estado. "Atualmente pequena parcela dos insumos é adquirida em território mineiro", afirma.

O local onde a Petrobras está perfurando para confirmar a viabilidade da exploração fica próxima às recentes descobertas jazidas de gás natural na bacia do rio São Francisco, em uma área perto de Morada Nova de Minas, na região Central do Estado. O consórcio detentor dos direitos exploratórios no local já confirmou que o volume de gás natural encontrado em apenas uma pequena parte (400 quilômetros quadrados), do total da área de 2,9 mil quilômetros quadrados no município, varia de 176,5 bilhões a 194,6 bilhões de metros cúbicos.

Estimativa - Somente com a exploração do gás encontrado nesta parcela da jazida, o governo de Minas projeta uma geração de R$ 5 bilhões. No total, em toda a área, estima-se que a reserva chegue a 8 milhões de metros cúbicos por dia, o que equivale a quase 30% dos 28 milhões de metros cúbicos de gás natural fornecido diariamente pela Bolívia por meio do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol).
O consórcio é formado pelo governo de Minas - através da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) -, com 49% de participação, Orteng Equipamentos e Sistemas Ltda (30%), Delp Engenharia (11%) e pela capixaba Imetame (10%).

Além da estatal e do consórcio, possuem blocos exploratórios na região a Geobras (nove lotes), a Tarmar Terminais Aeromarítimos (um lote) e a Petra Energia S/A (24 blocos). Esta última, inclusive, obteve, recentemente, licença de instalação (LI) para a perfuração de poço exploratório em Presidente Olegário (região Noroeste).

Atualmente, a Petra Energia realiza as obras civis e de terraplenagem necessárias à instalação do poço, que deve atingir 4 mil metros de profundidade. A empresa ainda não confirmou o valor dos investimentos nas pesquisas, iniciadas em dezembro do ano passado.

A companhia fluminense possui 24 blocos exploratórios no Estado, localizados nas regiões Central, Alto São Francisco, Noroeste e Norte, além do Triângulo Mineiro. Os blocos em Minas Gerais foram arrematados pela empresa no 7º leilão da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), realizada em outubro de 2005.

Publicação: SRMG - Sede Regional MG

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Convite - Lançamento - Livro Os Chicos

Você é nosso convidado para o lançamento do livro Os Chicos - Prosa e Fotografia - "A história do Rio São Francisco contada por seus ribeirinhos", dos autores mineiros Gustavo Nolasco e Leo Drumond.

Obrigado,

Projeto Os Chicos


Conheçam mais sobre o projeto "Os Chicos", em http://www.oschicos.com.br/blog/

Corrida de Rua de Morada Nova de Minas

A Prefeitura Municipal, por meio do Departamento de Esportes e em parceria com a Coca-Cola, promoveu no dia 08 de outubro a segunda edição da Coca-Cola Run – Corrida de Rua de Morada Nova de Minas.

Os 116 participantes largaram, às 16h, da Praça Dr. Agenor Soares dos Santos e fizeram um percurso de 6km.

O evento teve o apoio da Coca-Cola, Banco do Brasil, Copasa, VMAX Sports, Sweet Cake, MR & D Engenharia e Grafmor.

Confira como ficou a classificação...

sábado, 8 de outubro de 2011

7ª Cia PM Ind Mat Combate a Pesca Pedratória em Morada Nova de Minas

Em Morada Nova de Minas, na data de 28 e 29 de setembro do corrente ano, Policiais Militares de Meio Ambiente realizaram Operação Pesca embarcada no reservatório da represa de Três Marias.

O patrulhamento ocorreu na região do Indaiá de Baixo, Morada Bela e Forjo, a fim de coibir a prática de pesca irregular por pescadores profissionais e amadores. No total, foram fiscalizados 06 acampamentos, 23 pescadores e 09 embarcações.

Ainda, durante o patrulhamento, foram recolhidas 68 redes de nylon, sendo que boa parte desse material encontrava-se sem a identificação exigida pelo órgão ambiental. Foi lavrado 01 auto de infração no valor de R$962,88 por realizar ato de pesca com a distância inferior ao mínimo permitido.

domingo, 2 de outubro de 2011

A história da ‘santinha’- Mutirão faz da serra do Jacaré uma atração turística

Em pleno sábado, dia de 3 setembro, com o sol a pino, nove homens e uma mulher trabalhavam na serra do Jacaré construindo um murro de arrimo para garantir a segurança da ‘santinha’ colocada no alto de uma pedra.
Areia, brita, blocos e cimento estavam depositados em local aberto pela Prefeitura de Três Marias. Chegaram a fazer um canteiro de obras com uma barraca de lona para maior conforto dos voluntários que trabalhavam. Tudo foi conseguido através de doações feitas por empresas e pessoas de Três Marias e Felixlândia.
Enquanto faziam o serviço, caminhoneiros passavam e buzinavam numa demonstração de apoio àquilo que faziam. As pessoas que estavam trabalhando merecem citação nominal pelo desprendimento na realização de uma obra que alimenta a sua fé: Moacir, Neuza, Fernando, Preto, Jorge, Lavínio, Pedro, Luís, Marcos e Rogério.

A história da ‘santinha’

Diz a lenda que um caminhoneiro de Morada Nova de Minas, com suposto nome de Luís, descia a serra do Gerais, ou serra do Jacaré, há mais de 40 quarenta anos, quando perdeu o controle do veículo na curva acentuada e se viu sem alternativa a não ser implorar a Nossa Senhora Aparecida que o protegesse. O seu apelo foi atendido e ele fez uma promessa: na volta da viagem ia trazer uma imagem da santa e colocar em cima da pedra de ardósia, bem na curva quase fatal.
A partir disso o local, próximo ao km 331 da BR – 040 passou a ser referência dos caminhoneiros e moradores da região. O local se transformou em atração, as pessoas começaram parar para fazer as suas preces.
Outros caminhoneiros começaram a colocar imagens no local. Para isso era necessário parar o caminhão para subir na pedra que tem uns dez metros de altura.
Um frentista, Fuxico, que trabalhava no Posto Planalto chegou a pagar uma promessa política de andar de ‘fasto’, como dizia, uma distância de quase 10 quilômetros até a santinha.

Uma devoção forte

A devoção foi crescendo e cada vez mais pessoas transformavam o local em ponto de peregrinação e cumprimento de promessas. A comunidade da Forquilha dos Cabral começou a fazer peregrinação a pé até a santinha em 12 de outubro de cada ano, dia que se comemora Nossa Senhora Aparecida.
Em 2010 os devotos fizeram uma escada para subir até a santinha. Cortaram a pedra em cima com picareta, alavanca e outras ferramentas para abrir o espaço necessário para a colocação de imagens e oratórios.  Cimentaram tudo e fizeram um murro de arrimo provisório. Colocaram lá em cima um cofre para receber doações.  Este cofre foi roubado por uma pessoa qualquer. Um novo cofre foi instalado, sem a menor possibilidade de ser retirado, a não ser que se leve um maçarico para conseguir este objetivo.
Moacir Mendes de Vieira, 65 anos, e sua mulher Neuza, moradores do arraial da Forquilha, são os coordenadores do projeto.  Moacir declarou ao JTM: - “agora estamos fazendo o muro de arrimo definitivo para evitar desmoronamento e futuramente vamos construir uma cobertura em cima da pedra para ser um local de visitação e até para realizar missas eventuais”.
A escada vai ter até uma rampa especial para cadeirantes.
Fernando Fernandes Silveira, morador da região, é um dos voluntários do projeto. No dia 12 de outubro deste ano ela vai cumprir uma promessa que fez para sua irmã, Marina, parar de fumar.  
- Vamos sair em procissão do córrego do Jacaré até a santinha pagando a Nossa Senhora Aparecida a graça alcançada, pois minha irmã parou de fumar.
A tradição vai se consolidando devagarzinho. A lista de presenças na ‘santinha’ já tem quase quatrocentas assinaturas de visitantes e fiéis.

A necessidade de doações para terminar a obra

Tião Carneiro, caminhoneiro, também trabalha no projeto: - Fui um dos primeiros a colocar uma santinha no local e ajudo a conseguir doações para a obra.
Para terminar o projeto os responsáveis dependem de mais doações. Já gastaram mais de 120 sacos de cimento e muito material na construção.
Quem quiser fazer qualquer doação de material ou mão de obra basta entrar em contato com Neuza através dos seguintes telefones: 03899640674, 03199945912 e 03137736283.
- Trabalho enquanto agüentar para atingir o nosso objetivo – encerra Neuza.
Veja fotos e publicação orginal: http://www.lagonoticias.com.br/destaques/629