Boas Vindas

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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

MAIS PINDAÍBAS (DESTA VEZ, EM VERSOS)

Da minha infância, até minha adolescência, Pindaíbas era do jeito que comentei em "Êxodo Pra Todo Lado". Como era bom aquele lugar! Como era boa aquela gente! Como eram animadas aquelas festas! Como eram belas aquelas moças!
Naquele tempo, pensando no destino delas, escrevi estes versos, sem nunca imaginar que o destino delas seria se mudarem dali e se semearem pelo Brasil a fora, do Centro-oeste até o Norte.
Talvez, algum dia, se alguém aceitar o convite do final do poema, vá encontrar, lá, a mesma beleza e a mesma animação que já existiram.
AS FESTAS DE PINDAÍBAS
É março, mês do santo São José,
e o povo, morro abaixo, serra arriba,
de jeep, a cavalo ou a pé,
vem louvar o santo em Pindaíbas.
E nós, moças de querer-bem,
vamos ver os moços que aqui vêm.
- Vêm ver as moças caprichosas,
da família dos Barbosas.
Vêm ver como são bacanas
as filhas da Sebastiana.
É julho, festa de São Sebastião,
nossas mães, véu na cabeça, cantando;
nossos pais, chués, chapéus na mão,
estarão em Pindaíbas, louvando.
E nós, meninas de bem-querer,
veremos os moços que nos vêm ver.
- Vêm ver as moças lindas,
do Geraldo da Jacinta.
Vêm ver os dotes ricos,
das mocinhas dos Belicos.
É outubro da Senhora Aparecida
e nossos corações, em palpitar risonho,
serão gratos pela graça recebida -
ver os moços, cada qual com sua quiba,
e todos com o mesmo sonho:
namorar as moças das Pindaíbas.
- Vêm ver só que coisas,
as moças Lucas de Souza.
Vêm ver como são bonitas
as meninas da Carmita.
Março, julho, outubro de todo ano.
A romaria sempre acontece.
Mesmo uma de nós casando,
tem uma irmã nossa que cresce
com o coraçãozinho batendo
pelos mocinhos que vão crescendo.
- Venham ver como são robustas
as moças da Dona Augusta.
Venham ver como são lindas
as filhas da Deolinda.
(Lucas Donizete da Silva)
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sábado, 25 de dezembro de 2010

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Asfalto para a MG-415 - BR-040 / Morada Nova de Minas

No final de maio passado iniciou-se a Campanha MG-415 Asfalto Já, quando foram enviadas mensagens a diversas Autoridades e Órgãos do Governo de Minas, na tentativa de sensibilizar essas autoridades para a importância desta obra, não só para o desenvolvimento de Morada Nova de Minas, mas para o desenvolvimento de toda a Região. Durante o movimento foi demonstrado o enorme prejuízo causado pela falta do asfalto, como constantes acidentes, aumento no custo de vida, estagnação do desenvolvimento, etc, bem como foram relacionados todos os benefícios que certamente viriam após a realização desta obra, sendo os mais destacados, a possibilidade da exploração do eco-turismo na região, a melhoria da qualidade de vida da população e a nível governamental, a indepedência econômica do município que passaria inclusive a ser uma fonte geradora de recursos para o Estado. Logo no mês de junho, recebemos com muita satisfação e com maior esperança, a informação de que Morada Nova de Minas fôra incluida no Programa Caminhos de Minas (Proacesso), entretanto, tal Programa abrangia um total de 223 municípios mineiros e não havia nenhuma previsão de início das obras. No mesmo período, recebemos também, mensagens de apoio e de solidariedade de diversos políticos da região, incluindo-se Deputados e um Senador. Veio a campanha eleitoral e ouvimos que o então Governador Antonio Anastasia havia se comprometido, caso reeleito, dar continuidade ao Programa e que muito em breve teríamos o sonho de quase meio século se realizando.


Alguns meses se passaram, o Governador foi reeleito, a época das chuvas chegou, com ela o perigo na estrada aumentou e até o momento não temos nada de concreto. Será que mais uma vez vamos ficar a ver "poeira"? ou "lama"? Será que vamos acordar de um belo sonho e voltar ao pesadelo de uma triste realidade? Será que novamente vamos ficar nas promessas eleitoreiras? Solidariedade é muito pouco para uma comunidade carente, com tantas possibilidades de progresso. Onde estão os políticos comprometidos com a região? E as autoridades locais, políticos da cidade, será que estão se empenhando como deveriam?  Ou será que vão continuar esperando que tudo caia do céu, que as coisas aconteçam naturalmente, sem nenhum esforço. E a comunidade, o que tem feito? Exercer cidadania não é apenas votar no seu candidato no dia da eleição. É preciso fiscalizar o que está sendo feito, é preciso cobrar atitudes e trabalho de seus governantes. Será que é pedir muito o asfaltamento de 38 km de uma estrada de terra?

Um novo ano se aproxima e novos mandatos irão se iniciar. Como a esperança é  última que morre, esperamos já no início de 2011 a boa notícia do início das obras de pavimentação da MG-415, no trecho que liga a BR-040 ao progresso e ao desenvolvimento de Morada Nova de Minas e Região.

"...O pulso ainda pulsa...
Titãs"

sábado, 18 de dezembro de 2010

Êxodo pra Todo Lado


Há poucos dias vi as fotos que o Harley fez em Pindaíbas, no município de Morada Nova de Minas. Confesso que senti uma misturega de alegria em rever aquelas paragens, saudades e um certo desgosto devido ao ar de abandono que as fotos denunciam. Aquele povoado já teve muitos habitantes e as marcas das rodas dos carros de bois, cravadas na Pedra Preta, mostram quão grande já foi o movimento por lá.
Atualmente, devido à perfuração do primeiro poço que irá explorar a extração de gás natural naquela região (não exatamente no povoado), os nomes de Morada Nova de Minas e Pindaíbas ganharam grande repercussão. Provavelmente toda aquela região voltará, aos poucos, a ser repovoada. Enquanto isto, para inaugurar minha participação no Blog do Harley Moura, publico uma reflexão sobre o êxodo que, em meados do século passado, ocorreu em Pindaíbas e adjacências, como nas zonas rurais, nos povoados e nas pequenas cidades do interior do Brasil.

ÊXODO PRA TODO LADO
Dava pra evitar não. Toda vez que ouvia aquela lamúria, tinha que contar de novo pra ver se ia servir de consolo:

Foi só por causa da represa nada, sô. A gente de Morada é que pensa. Mas como é que na Moradinha, no Canastrão, que teve represa nenhuma, também o povo sumiu tudo? Até na Boresca teve uma queda muito grande, que só melhorou com a chegada do asfalto, tanto tempo depois.

Pra ficar só ali entre o Abaeté e o Indaiá (que é o pedacim de Minas que conhecia mais), do mesmo jeito que Morada tinha o Traçadal, a Erva, a Pindaíba, tudo cheio de gente, São Gonçalo tinha a Lagoa, a Lagoinha, a Candota. O Campo Alegre (que era alegre, mas meio proibido). Ainda tinha a Moradinha e o Mato Seco, lá pras bandas de Tiros. Tudo isso era Povoado. Cada um tinha seu time de futebol, com primeiro e segundo quadro. Uns tinham até o campo. Siô, tinha gente sem base! E fazia muito tempo, porque cada um tinha um cemitério. A Moradinha, achava que teve até Comarca. Pelo menos Cartório teve, pois lembrava de gente falando que ia lá tirar documentos.

A Lagoa tinha as quatro ruas cheias de casas em volta da capela. E em volta da Lagoa toda, em toda fazenda ou fazendinha, um tantão de gente morando. Em sessenta, quando era criança pequenininha, ainda era assim. Tinha a casa da Escola Francisco Nunes, onde a professora morava com a família dela. O casarão bonito, de portas e muitas janelas grandes. Que mais tarde foi da Arlete mais o Braz Barbosa. A casa dos pais do Abelo, que dava Duda, mais tarde explicada como "Ataques de Epilepsia", metendo susto e medo em todo mundo. Meio fora da rua, o Jonas. A casa com a vendinha do Sô Nhoca. Uma cagaiteirona na porta, dando sombra pros animais. Um bambu seco muito alto, fincado no chão, com uma argola enfiada. Na argola uma corrente. Na outra ponta da corrente, um macaquinho amarrado pela cintura. Jogava bala pra ele, numa distância maior que a corrente, só pra ver ele pegar uma varinha e puxar a bala pra perto. Depois ele descascava a bala e comia. Parecia a gente. Assim dum lado tinha um pau fincado, com uma casinha de tábua lá na ponta, pra onde ele fugia quando a coisa apertava pra ele cá no chão, ou pra dormir. A argola ia riçando pra riba no bambu pra deixar ele alcançar a casinha da ponta do pau. De vez em quando, ele subia no bambu e tirava a argola pela ponta e descia de novo e fugia. Era uma correria na praça pra prender ele de novo. Depois tinha a venda do Machado, uma outra família que não lembrava qual. A loja do Geraldo Cândido. Já meio fora da rua, o Constantino. Uma tapera, não sabia de quem. A casa onde morara. Que depois foi do Déia. E a casa do Neném Luca.

De tardinha, muita gente sentava nos passeios das casas pra conversar. É, naquele tempo as casas já tinham até passeio de cimento. Umas delas tinham umas argolas chumbadas. Pra amarrar os cavalos. O do casarão era alto assim. De modo que podia amarrar os animais sem ter que agachar.

Rá, se tinha. Sábado à tarde e domingo, então, chegava a faltar argola. Era preciso amarrar cavalo nas cercas. Dia de festa de igreja na capela, então – chegava no meio da praça e olhava assim em roda. Via cerca não. Só bunda de cavalo amarrado.

Já em setenta, quando voltara pra lá uns anos, pra trabalhar, já não estava mais assim não. Quando ia pra Pindaíba, ou entregar leite na divisa de Tiros, era preciso que alguém avisasse que aqui já é a Candota. E via só a estrada, uma tira de mato alto, a grota e umas casinhas, não sabia de quem, no meio do provisório, debaixo dos paus. Antes, quando ia passando a cavalo, dava um grito cumprimentando, escutava um tanto de respostas. Parecia um eco. Agora, se parava o carro e gritava, só ecoava o silêncio. Dava até um trem ruim. Perto do cemitério do morro, então. Dava até medo. A caminhonete custava pra passar, porque no morro a estrada estraga mais. E ficava vendo aquele deserto. Só pedra tapiocanga. Fazendo a cerca. Marcando as catacumbas. No meio do campo ralo. Um cruzeiro velho, de madeira velha, estorvando o céu. Se um grilo campainha desse de voar, então, os cabelos até assungavam o chapéu. “O Campo Alegre é logo ali.” Sabia que tinha umas mulheres lá, mas não ia. Só olhava. E não via nem uma casinha no meio do mato. “Lá é a Moradinha”. E via, de longe, um espigão de toá, cheio de peleiro, com uma igreja grande e umas casas antigas e velhas.

No Gerais já tinha mais gente que na Lagoinha. Na Lagoa tinha só três morando. O Luquinha, o Braz Barbosa e o Aristote. A professora vivia dizendo que era “Aristóteles – proparoxítona” (trem metido), mas, fora da aula, a gente falava era Aristote memo uai. Até os filhos dele.

A lagoa d’água... só no grosso das águas é que juntava água.

Mas hoje em dia... Está muito pior. Tá certo, tem até mais conforto: luz elétrica, água encanada, telefone. Dicerto que tem. Mas tem menos gente ainda. E a lagoa não enche nunca mais. Até o Zezé Magalhães, que adora aquilo ali, já está desgostando. Pois é, e não teve represa nenhuma. Foi outra coisa. Quem sabe?...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O que é o Sucesso?

Aos 02 anos sucesso é: conseguir andar.
Aos 04 anos sucesso é: não fazer xixi nas calças.
Aos 12 anos sucesso é: ter amigos.
Aos 18 anos sucesso é: ter carteira de motorista.
Aos 20 anos sucesso é: fazer sexo.
Aos 35 anos sucesso é: dinheiro.
Aos 50 anos sucesso é: dinheiro.
Aos 60 anos sucesso é: fazer sexo.
Aos 70 anos sucesso é: ter carteira de motorista.
Aos 75 anos sucesso é: ter amigos.
Aos 80 anos sucesso é: não fazer xixi nas calças.
Aos 90 anos sucesso é: conseguir andar.


ASSIM É A VIDA....

"...Não levamos nada dessa vida! Para que perder tempo com maldade, com falsidade, com falta de amor...?
Todos teremos o mesmo destino, independentemente da condição financeira, da classe social... Portanto, AME, BRINQUE, PERDOE E APROVEITE A VIDA....

SEJA FELIZ !!!"



"Espero que neste natal, em sua árvore não falte bolinhas de Paz, Harmonia, Saúde, Prosperidade, Fé, Confraternização, Dinheiro e Amor. Que seu panetone seja feito de Carinho, Sonhos e muita Doçura. Peço a Deus que cubra a sua vida e a de seus familiares de muitas bençãos"

Feliz Natal e um Ano Novo de muitas realizações!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Morada Nova de Minas - Mar Doce de Minas Gerais

Morada Nova de Minas
Mar Doce de Minas Gerais


Alguns a chamam de "A Princesinha do São Francisco", outros dizem que "Aqui é o Paraíso" e ainda há os que convidam "Venham ser Feliz Conoso". De fato, tudo que se diz é muito pouco para conseguir descrever uma terra de rara beleza.
Morada Nova de Minas, localizada na região centro-oeste de Minas Gerais é uma pequena cidade, pacata e muito aconchegante, de um povo acolhedor e hospitaleiro, que tem como principail atrativo, o eco-turismo e a pratica de esportes aquáticos. Circundada pelas águas do Rio São Francisco, Morada Nova de Minas pode ser considerada como a sede do mar doce de Minas Gerais, onde os moradenses e turistas podem aproveitar tudo que o Velho Chico pode oferecer.

A travessia da balsa que faz a ligação da cidade à BR-040, é apenas um aperitivo para os moradenses e turistas que visitam a cidade. Local ideal para se acampar, fazer passeios de barco e de jet ski,  nadar, praticar a pesca do famoso tucunaré, enfim, passar momentos agradáveis com sua família ou com seus amigos. Além das águas do Velho Chico, a hidrografia de Morada Nova de Minas é formada também por riachos, ribeirões e outros rios como Indaiá e Borrachudo, onde também é possível e muito comum a prática da pesca.

Com um clima tropical e com a abundância de água, a cidade tem atraído grandes empresas que buscam a exploração do carvão vegetal e a vegetação predominante do cerrado, vem dando lugar a grandes fazendas de eucalípto. Com a consicência ambiental, uma das soluções para recuperação da mata nativa é o investimento no turismo ecológico. Morada Nova de Minas é um diamante bruto, que precisa ser lapidado, para se tornar o maior polo turístico da região, preservando a natureza de forma sustentável.



Como em toda cidade do interior, a Igreja Matriz, que em Morada Nova é a de Nossa Senhora do Loreto, com sua paz e tranquilidade, além de passarmos um momento de fé e de meditação, é também um cartão postal da cidade e onde ocorre a tradicional festa de São Sebastião durante o mês de julho, em todos os anos.


Também, como em qualquer cidade do interior, a Praça Principal, aqui denominada Dr. Agenor Soares dos Santos, é ponto de encontro de famílias nos finais de tarde, para um passeio ou para tomar um sorvete com os filhos. À noite, a principal atração são os bares, onde se pode tomar uma bebida, acompanhada de um delicioso tira-gosto. No coreto da praça, em determinadas ocasiões já foram realizados alguns eventos, como roda de viola, banda de música e outros tipos de eventos.
O Carnamorada, que também já virou tradição, é realizado na Praça Dr. Agenor Soares dos Santos, época em que a cidade recebe turistas de diversas cidades, onde os foliões podem curtir um dos melhores carnavais da região, com alegria, paz , animação e muita diversão.

Outras festas tradicionais de Morada Nova são a Expomorada - Exposição Agropecuária, que ocorre geralmente no final do mês de julho, em todos os anos e a Festa do Peixe, que ocorre no feriado da Semana Santa ou no mês de Setembro.


 


Outras fotos da cidade, das festas e das paisagens de Morada Nova de Minas podem ser vistas em



Reservas de gás mudarão economia de Minas Gerais

O gás natural descoberto na bacia do rio São Francisco, em Morada Nova (região Central), deverá ter impactos profundos na economia mineira, segundo avaliação do subsecretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Paulo Sérgio Machado Ribeiro, Segundo ele, o combustível, que ainda pode estar presente em outros blocos que serão prospectados, reduzirá a concentração do perfil econômico do Estado no setor minero-siderúrgico. Fora isso, as jazidas representam perspectiva de redução nos preços do gás que atualmente é fornecido pela Petrobras e distribuído pela Gasmig, informou Ribeiro.

A exploração de gás natural na bacia do rio São Francisco, em Morada Nova, na região Central do Estado, vai mudar o perfil da economia de Minas Gerais. A avaliação á do subsecretário de Desenvolvimento Mínero-Metalúrgico e de Política Energética da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Paulo Sérgio Machado Ribeiro.


Segundo ele, apesar de as dimensões da reserva ainda não terem sido confirmadas, o que deve acontecer até o fim deste ano. a exploração, comercialização e utilização  do combustível poderão diversificar a economia do Estado, hoje concentrada na mineração e siderurgia e na produção e exportação de commodities. como o minério de ferro e o café, que representam juntos mais da metade dos embarques mineiros.
"A exploração e a venda do gás natural de Morada Nova e a perspectiva de os outros blocos da região também terem grandes reservas abrem uma grande possibilidade para a diversificação econômica, agregação de valor às cadeias produtivas e geração de emprego afirmou o subsecretário, citando como exemplo a indústria de fertilizantes, "O gás tem múltiplas aplicações. E uma delas é suprir grande parte do consumo brasileiro de potássio, que é 95% importado. A produção de potássio no Norte de Minas era economicamente inviável, mas o uso da nova matriz energética.

A exploração, comercialização e utilização do gás poderão diversificar a economia do Estado, hoje concentrada na mineração e siderurgia e no café para separar o insumo da estrutura cristalina do mineral pode viabilizar a atividade na região", exemplificou.


Ribeiro revelou que a brasileira Amazon Mining já tem um projeto, denominado Cerrado Verde, que será implantado em São Gotardo, no Alto Paranaíba, para a produção de potássio. "O investimento será capaz de abastecer grande parte da demanda nacional", ressaltou.


O subsecretário lembrou ainda que a utilização do gás na cadeia de fertilizantes beneficiará a produção de diversos outros produtos químicos. Neste sentido, ele citou o aporte de USS 2 bilhões da Petrobras na construção de uma planta de uréia e amônia em Uberaba, no Triângulo Mineiro.


Além disso. Ribeiro destacou que a comercialização do insumo pode derrubar os preços cobrados atualmente pela Petrobras, única produtora no país, favorecendo a redução dos custos da indústria. A estatal cobra USS 9 por milhão de Btu para utilização do gás no mercado doméstico, enquanto que no ambiente externo o insumo é vendido um terço deste valor explicou,


Vale — O combustível também favorecerá os planos da Vale S/A de se tornar um player importante no mercado mundial de fertilizantes, A mineradora planeja produzir 3,4 milhões de toneladas de potássio e 12.7 milhões de rocha fosfática até 2015. Dos USS 24 bilhões em investimentos previstos para 2011 pela empresa, a área de fertilizantes receberá USS 2,5 bilhões.


O Projeto Salitre compreende aporte de RS 2 bilhões na construção de um complexo industrial e na abertura de unia mina em Patrocínio (Alto Paranaíba). A planta terá capacidade de produzir 560 mil toneladas/ano de ácido fosfórico, insumo intermediário para a produção de 1,2 milhão de toneladas de fertilizantes. Com aporte, a oferta brasileira de ácido fosfórico aumentará em 60%.


Alem do Projeto Salitre, a Vales Fertilizantes está investindo RS 462 milhões na unidade de Uberaba. O complexo compreende as plantas de ácido fosfórico, ácido sulfúrico, sistema de descarga de rocha fosfática e unidades auxiliares. Os investimentos aumentarão em 21% a oferta de ácido fosfórico da empresa, o que corresponde a 230 mil toneladas. No caso do ácido sulfúrico, a produção deverá ser superior a 502 mil toneladas, A conclusão da obra, iniciada no ano passado, devera ocorrer em 2011.


A Orteng Equipamentos e Sistemas Ltda são a operadora do consórcio que detém direitos de exploração da reserva em Morada Nova, com participação de 30%. Além dela, o governo de Minas, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico dc Minas Gerais (Codemig), tem 49% dos direitos. A Delp Engenharia possui 11%, e a capixaba Imetame  10%. A destinação do gás natural, conforme a fatia correspondente, á de total autonomia de cada integrante do grupo Ribeiro: venda do gás pode derrubar os preços cobrados pela Petrobras.


Direitos foram arrematados em 2005


Os direitos de exploração do bloco 132 de gás natural, na bacia do rio São Francisco, foram arrematados na sétima rodada de licitações promovida pela Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em outubro de 2005, Quando foi realizado o leilão, o governo estadual informou que a demanda estadual de gás estava avaliada em 11 milhões de metros cúbicos mensais e que a oferta girava em torno de 3 milhões de metros cúbicos.


Em Minas Gerais, no leilão da ANP, foram licitados 128 mil quilômetros quadrados, divididos em 43 blocos. Deste total, 39 foram arrematados. As reservas da bacia do rio São Francisco já foram estimadas por empresas especializadas em 1 trilhão do metros cúbicos de gás, Na ocasião, além do consórcio liderado pela Orteníg, também arremataram lotes a Petrobras (seis lotes), a Geobras (nove lotes), a Oil MãC (21 lotes) e a Tarmar Terminais Aeromarítimos (um lote).


Na décima rodada de licitações da agência realizada em 2008, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) ficou com quatro lotes. Nesta oportunidade, dos 12 lotes que foram oferecidos nove foram arrematados.