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sábado, 30 de junho de 2012

Governo sem Oposição = Governo sem Rédeas

Alguém disse um dia, talvez Nelson Rodrigues, que "toda unanimidade é burra". Rigorosamente está provado que isso é verdade, principalmente em se tratando de gestões públicas.

Até que ponto isso é bom para o Povo? É como se não houvesse erro algum na administração, mas todos sabem que ninguém acerta tudo à toda hora.
A oposição, feita com decência e de forma competente, fortalece a democracia. Sem oposição o governo tende a governar como quer e o padrão de competência é definido pelo próprio governo.

A oposição faz o contraponto, fiscaliza, oferece novas perspectivas e mostra quais devem ser os limites do governo. A oposição é que garante, a qualquer cidadão, o direito de manifestar livremente suas opiniões sobre aqueles que o governam. A democracia também depende de que posições conflitantes sejam toleradas, possam se expressar e estejam representadas no sistema político.

Apesar do amadurecimento político da grande maioria dos eleitores, muitos ainda se deixam levar pela força demonstrada por um candidato durante a campanha eleitoral. Imaginam que se o candidato está gastando muito dinheiro na campanha, que está recebendo apoio de muitos partidos ou de pessoas influentes, este será o melhor governante para o seu povo.

“A oposição política realmente é algo central não apenas para o funcionamento dos regimes democráticos como também para a própria caracterização do que seja um sistema democrático. (...) Sem oposição, não há fiscalização, não há pressão social por novas demandas, não há um fundamento para que a democracia continue funcionando” (Alcione Alvez).

Você tem idéia de como as alianças, coligações ou os conchavos são construídos? Através da troca de favores, ditribuição de cargos, arranjos pré-estabilecidos para eleições seguintes, financiamento da campanha, dentre outras. Mas tudo tem um preço, muitas vezes alto, e após a eleição ele terá que ser pago.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

DEUS NÃO FOI BOM ARQUITETO

Há certas coisas que nos fazem pensar que Deus não foi um bom arquiteto ao projetar certas espécies "superiores", como os mamíferos terrestres vertebrados - a espécie humana em especial. 

Ontem, preparei meu jantar com um pedaço de lombo suíno requentado. Sempre preferi outras carnes de porco, que acho mais macias e suculentas, pois o lombo é muito "cheio de linhas". Depois de umas mastigadelas, ele fica mais parecendo uma Bucha Vegetal mais ou menos temperada. Mas era o que tinha para mistura ontem. Pensei até em tomar uma cervejinha para relaxar, mas a lembrança do Diabo Etis Militus me fez desistir.

Em certa engolida que dei, o "bolo alimentar" desceu normalmente, exceto o pedaço de lombo. Errou o caminho ou ficou parado "no goto", ou sei lá onde. Engoli, engoli, e nada. Só foi piorando. Não sei o quanto fiquei esbugalhado e roxo, porque o óculos foi a primeira coisa a cair longe. Eu tossia, tossia, cada vez mais forte, demorado e espaçado. O ar cantava pneu para entrar e, antes de me satisfazer a vontade de respirar, já cantava pneu para sair. Se eu estivesse na década de 1960, no quintal do Zé Sampaio, meia dúzia de cachorros caçadores teria feito roda ao meu redor, latindo comprido, pensando ser o toque da buzina chamando-os para mais uma caçada. 

Somente não pedi para me levarem a um hospital porque falar era o que eu não conseguia mesmo. Eu já estava pensando em desmaiar um pouquinho, quando, finalmente, consegui expelir o pedacinho de lombo. Pedacinho mesmo! Não entendo como conseguiu fazer tanto estrago.

Foi aí que comecei a pensar que Deus não foi um bom arquiteto quando projetou o ser humano, com o aparelho digestivo começando junto com o aparelho respiratório.

Isto sem falar em ter colocado o esgoto junto com a área de lazer.

--- ooOoo ---

terça-feira, 26 de junho de 2012

É CRÓVIS!

Adorava comentar, mas nunca soube de onde vem o jeito moradense de falar. Espichando certas partes das palavras, fazendo parecer que está enfezado. Sabia que, dos mais velhos, o “Seo” Delor era o que mais falava assim, ressaltando o tanto que era irritadiço – sistemático, como diziam. Já ouvira contar que, uma vez, um engraxate quis agradar. E começou a dar lustro no sapato dele, batucando um samba com a flanela. Mas ele não gostou. Tomou a flanela. Pegou com uma mão em cada ponta. Colocou em cima do sapato, enquanto falava bravo: “Desgraaaça, é assiiim, ó!” E esfregou de um lado pro outro, com tanta força, que até arrepiou a graxa do sapato, ao invé de alisá-la.
Diziam também que, quando o Juscelino foi eleito, pelo PSD, ele não gostou, porque era da UDN. E ficou tão indignado com o rádio, que não parava de anunciar o número, cada vez maior, de votos que o Juscelino tinha de frente, que pegou o rádio e jogou dentro da cisterna. Antes de cair no fundo, o rádio ainda falou “Juscelino, tantos votos na frente, agora!” Aí ele pegou um tijolo e mandou atrás do rádio, xingando “desgraaaça”.
Lembrava também que, na década de 70, dois grupos de jovens, tendo assimilado esse jeito de falar, levaram-no ao auge. Eles haviam de perdoar, se não gostassem de ver seus apelidos citados, mas é que, se dissesse os nomes deles, de certo ninguém ia saber de quem estava falando. Isso sem falar no tanto de graciosidade que a conversa ia perder. Pois é, lembrava do Zé Bermuda, do Murrinha, do Clóvis (cujo apelido era Clóvis mesmo), do Tunim, do Rodney, do Enes, do Gonzaga, do Bagunça, do Carroça, do Canoa, do Bigário... Do Magela, do Grilo, do Dunga, do Inclusive... Eram dois grupos, meio de lados opostos. Um deles pertencia às famílias que administravam negócios e o município, e moravam na região central de Morada Nova ou nos povoados do Junco e do Traçadal. O outro era de pessoas que trabalhavam nas pequenas fábricas, nas oficinas, nas carvoeiras, nas fazendas, e moravam na Varginha ou no Açude. Mas havia motivos, até de ordem prática, para que os dois grupos tivessem uma interação. A cidade, muito pequena. Estudo, trabalho, farra, tudo muito perto, muito junto e misturado. Nos dois grupos havia gente começando a ser caminhoneiro e, no segundo deles, chapas de caminhão. Também os filhos de fazendeiros, pela natureza dos serviços, tinham trânsito livre nos dois grupos. Mas o principal ponto de encontro dos dois era a mesa de sinuca do Bar do Sossego, ou d`O Tranqüilão. Além do mais, todo moradense é muito gente boa. De modos que se davam muito bem, quando não estavam brigando. 
O Clóvis era muito novo para ser chamado de sistemático, mas ele era bem impaciente. Por isso era ele que mais carregava no jeito moradense de falar e certa vez, vendo o Bagunça chegar todo empoeirado, foi logo perguntando:
_ Daonde `cê eeemveeem sujeeeito?
_ Do Juuunco, tem baase?
_ Pra que qui `cê foooi?
Assim, várias expressões surgiram naquele tempo: qualquer coisa que causava admiração era “ô treeem!”, ou um “trem adubaaado!”, uma mulher boa era “peixããão!”, uma moça podia ser bonita ou “bunita demaaaais, sô!”; ou então ela era “bonita, mas não era boniiiita, não”. Inclusive foi nessa época que o Esmeraldo lançou o seu bordão, que tanto servia para exaltar quanto para reclamar de Morada Nova; “Uuuuuh, Morada!”, ou então “Uh, Moraaaada!”
Naquela época havia também alguém que trocava o L por R. E isso caiu na graça desses dois grupos que vinham caprichando no sotaque, na hora de falar. Então, o Clóvis virou Cróvis. E, sempre que alguém fazia uma perguntinha idiota (dessas que têm a resposta tão na cara que nem deveriam ser perguntadas), alguém respondia sempre:
_ É craaaro, Cróóóvis!  
E, pra caprichar mais ainda, iteirava:  
_ Incrusive o Creeero, o Crááuudio, o Crariiindo! 
E assim se passaram os anos e, como tudo que atinge seu auge tende a atenuar com o passar do tempo, já estava achando que o sotaque moradense já tinha desaparecido. Mas, não é que num dia destes a sobrinha Fernanda, de apenas sete anos, tão irritada com uma pergunta idiota de uma coleguinha dela, simplesmente resumiu, assim, sua resposta? 
_ “É cróóóvis!”
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domingo, 3 de junho de 2012

Projeto da Shell na Bacia do São Francisco, gera empregos e estimula economia nos muncípios

Efeito global, crescimento local

Projeto da Shell na Bacia do São Francisco, no Norte de Minas Gerais, gera empregos e estimula economia dos municípios

Primeiro projeto onshore da Shell no Brasil, o desenvolvimento da Bacia do São Francisco, em Minas Gerais, vai além da busca pelo gás natural.

Está levando desenvolvimento e oportunidades de emprego aos seis municípios sertanejos envolvidos no empreendimento:
Arinos, Buritis, São Romão, Urucuia, Pintópolis e São Francisco.

A empresa priorizou a mão de obra local nas obras relacionadas à sísmica 2D, que mapeou uma extensão de 1.200 km. “Cerca de 80% dos trabalhadores contratados pela empresa são locais.

Além disso, a empresa está apostando em trabalhadores jovens, boa parte deles em busca do primeiro emprego”, conta o gerente de Ativos da Bacia do São Francisco, Fábio Pinto.

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