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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Um teto para quem precisa, uma vida melhor para quem aprende!

Uma iniciativa apoiada pela Zanini, empresa ligada ao grupo Plantar, está dando o que falar em Morada Nova de Minas, na região central do estado. Melhor, o projeto está dando um teto para quem precisa e uma vida melhor para mais de cem famílias.

O projeto Moradia tem como público alvo famílias numerosas de baixa renda e objetiva propiciar condições básicas de habitação à essas pessoas, promovendo a ampliação e ou reforma de moradias.

A Zanini Florestal doou a madeira para o telhado da primeira casa reformada. O órgão responsável pelo projeto é o Centro de Referência em Assistência Social – CRAS e tem apoio da prefeitura municipal.


Construindo o próprio futuro

Inicialmente o Projeto Moradia irá contemplar 105 famílias em maior risco social. E ainda prevê qualificação, educação e promoção do bem-estar do habitantes, inserindo essas famílias em outros programas de geração de renda desenvolvidos pelo CRAS.

O objetivo é não apenas contemplar essas pessoas neste momento com uma casa melhor, mas também fazer com que elas não se acomodem e sintam que podem ser melhores do que hoje, explica a assistente socioambiental, Janaína Fonseca.

Fonte: http://ravel.plantar.com.br/portal/page/portal/plantar/grupo_plantar/destaques/jornalipto-44.pdf

Governo de Minas aposta no gás natural

FONTE: Diário do Comércio (MG)

Reservas da Bacia do São Francisco e ramal do Triângulo podem garantir diversificação da economia.

A crescente utilização do gás natural no país torna ainda mais estratégica as ações ligadas à prospecção e ao transporte do combustível existente no Estado. A comprovação da viabilidade econômica do insumo encontrado na Bacia do Rio São Francisco, na região Central, cujo volume é cinco vezes maior do que o previsto, e a construção de um gasoduto em Uberaba (Triângulo Mineiro) são as apostas do governo estadual para finalmente alcançar a desejada diversificação econômica do Estado.

"Com a construção do gasoduto em Uberaba, fomentaremos não somente a indústria química e de fertilizantes, mas diversos outros segmentos industriais que poderão aproveitar o gás natural em suas atividades. É uma enorme vantagem para a atração de empresas. Já as descobertas na Bacia do São Francisco vão tornar o Estado um fornecedor, atraindo empresas e proporcionando aos municípios envolvidos grande desenvolvimento econômico, com a chegada de investimentos e o fortalecimento de setores como comércio e serviços, até mesmo o de prospecção", avalia a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck.

Atento às oportunidades, o Executivo de Minas assume o papel de protagonista em todas as iniciativas. No caso do ramal do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) em Uberaba, as obras serão realizadas com recursos próprios da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que controla a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) e irá demandar aportes de mais de R$ 750 milhões. Ao todo, serão 355 quilômetros de dutos, sendo 235 quilômetros de extensão de São Carlos (SP) até Uberaba e outros 110 quilômetros de Uberaba a Uberlândia.

O ramal até Uberaba foi projetado para atender à demanda da Petrobras, que vai construir no município uma fábrica de amônia e ureia, matéria-prima para a produção de fertilizantes. Somente para Uberaba, a demanda prevista é de 1,3 milhão de metros cúbicos de gás. Para o restante do Triângulo, a estimativa é de 1 milhão de metros cúbicos.

A previsão inicial seria de término das obras em 2014. No entanto, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) barrou, em outubro, a construção de outro ramal que, partindo de Ribeirão Preto (SP), se ligaria ao duto de Uberaba. O "sinal vermelho" veio em virtude de problemas com a nomenclatura do duto durante o licenciamento. O projeto, sob responsabilidade da Gás Brasiliano Distribuidora S/A (GBD), subsidiária da Petrobras, prevê um ramal de 151 quilômetros entre Ribeirão Preto e o Estado. O empreendimento, que era considerado como um ramal de distribuição interestadual, na verdade teria que ter outra denominação: a de "interconexão de gasodutos".

No entanto, para evitar a paralisação do projeto, a Petrobras e a Cemig anunciaram, no início de fevereiro, um acordo de investimentos. O acerto foi assinado pela Petrobras Gás S/A (Gaspetro), controladora da Gás Brasiliano, e a Cemig. Com a parceria, 40% do controle acionário da GBD serão repassados para a estatal mineira. "Entre outras coisas, a consolidação desta parceria vai viabilizar a construção do ramal do gasoduto que permitirá a implantação da fábrica de amônia em Uberaba", afirmou na ocasião a secretária.

Surpresa - Já os resultados da prospecção de gás natural na Bacia do São Francisco, próximo ao município de Morada Nova de Minas foram melhores do que o previsto. No início do mês, Dorothea Werneck informou que as jazidas da região têm como projeção mais pessimista depósitos capazes de fornecer até 40 milhões de metros cúbicos por dia, o suficiente para substituir, com sobra, o gás importado da Bolívia, por meio do Gasbol. Os consórcios e players detentores de blocos na região têm prazo de 18 meses para confirmar ao Executivo estadual a exata dimensão das jazidas do combustível na área.

Paralelamente, o Estado, através da Cemig, contratou a Gas Energy para desenvolver um plano diretor que vai direcionar a exploração comercial do combustível encontrado na região. O estudo será concluído e entregue no próximo mês.

Uso do combustível será ampliado na Grande BH

Apesar de o fornecimento de gás natural Sr uma das principais estratégias do governo de Minas para atrair indústrias, o uso do combustível em residências, no comércio e nos serviços em breve também estará em alta no Estado. A Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) está investindo R$# 123 milhões no projeto Anel Sul, que pretende atender, até 2015, 70 mil imóveis em 24 bairros da Capital e região metropolitana.

Na etapa inicial, o bairro Santo Agostinho, na região Centro Sul, será o primeiro a contar com o fornecimento de gás natural. As obras para a instalação do sistema começam em agosto e devem acabar no final deste ano. Os bairros de Lourdes, Funcionários, Carmo, Sion, Santo Antonio, Belvedere (todos na região Centro-Sul), Betânia, Buritis, Gutierrez (região Oeste, Coração Eucarístico (região Noroeste) e Vale do Sereno (Nova Lima) serão beneficiados no primeiro semestre de 2015. Ao todo, serão construídos 180 quilômetros de tubulação. A estimativa é de que sejam consumidos 6,7 milhões de metros cúbicos de gás natural por mês.

“As regiões foram escolhidas porque são mais verticalizadas. Nesta primeira fase, vamos atender edifícios comerciais e residenciais, já que a maioria possui tubulações para a distribuição de gás liquefeito (GLP). O sistema de fornecimento permanecerá o mesmo, o que vai mudar é que o GLP será substituído pelo gás natural, eliminando a necessidade dos botijões”, explica o diretor comercial da Gsmig, Roberto Garcia.

A principal vantagem do uso do gás natural é a economia, estimada em cerca de 10% em relação ao uso do GLP. Além da cozinha, o combustível também pode ser utilizado para substituir a energia elétrica no caso dos chuveiros a gás, por exemplo. Garcia ressalta ainda que a comodidade e a segurança são outras importantes vantagens.

Mesmo sendo em torno de 30% mais barato do que o GLP e com tantos outros pontos a  favor de seu uso, o Estado é um dos mais atrasados no fornecimento de gás natural. Em São Paulo, apenas na área da Comgás, uma das concessionárias que atua no município, a distribuição chega a mais de um milhão de residências. Na cidade do Rio de Janeiro, são, ao todo, cerca de 800 mil imóveis e há, inclusive, uma lei municipal que, por medida de segurança, proíbe a compra de GLP em regiões onde há fornecimento de gás natural.

“Estamos entre os últimos a fornecer gás natural residência”, constata Garcia, justificando que a pouca utilização do combustível é generalizada no Brasil. “A participação do gás natural na matriz energética da Argentina, que não é um país tão desenvolvido quanto os europeus e os EUA, é de 35%. A participação do insumo na matriz brasileiro é de apenas 9%”.

Estabilidade – No entanto, o interesse do Estado no fornecimento de gás natural não é simplesmente promover mais economia e comodidade pra as famílias, comerciantes e prestadores de serviços mineiros. O fornecimento do insumo em residências também trará mais estabilidade para as operações da Gasmig que, por priorizar a distribuição do combustível para o setor industrial, tem sido severamente prejudicada durante as crises econômicas mundiais.

“O consumo por domicílio é pequeno, mas temos de considerar que são inúmeras as residências a serem atendidas. Al´pem disso, mesmo nas crises todos têm que continuar se alimentando e tomando banho,ou seja, não há queda significativa no consumo residencial. Este fator traz segurança para a empresa e ajuda a amortecer os impactos causados por estas crises”, afirma o diretor comercial.

A Grande Belo Horizonte  não será, no entanto,  a primeira a contar com a distribuição de gás natural em residências  e estabelecimentos comerciais e de serviços. Em  Poços de Caldas (Sul do Estado) já haverá fornecimento do insumo para imóveis da região central até o meio deste ano. A estatal também tem um programa de fornecimento de gás natural às industrias instaladas em Itabira (região Central) e Governador Valadares (Vale do Rio Doce).

Siderúrgicas usam insumo para cortar custos

A utilização de gás natural nos altos-fornos em substituição ao coque do tipo PCI tem sido a estratégia de siderúrgicas como Usiminas e Arcelot Mital para combater os efeitos dos elevados custos dos insumos e da produção de aço. Há ainda uma terceira empresa do segmento interessada na alternativa, segundo o diretor comercial da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), Roberto Garcia.

''Atualmente, abastecemos dois altos-fornos, mas o número deve subir para cinco em breve", revela, sem dar maior detalhes. A expectativa da estatal é de que, até o final deste ano, sejam destinados ao setor 1,250 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia.

A principal vantagem é o baixo custo do combustível. Por fazer parte do chamado "mercado secundário", o gás fornecido a estas empresas é cerca de 30% mais barato. Por dia, cerca de 1,5 milhão de metros cúbicos são fornecidos às duas usinas termelétricas do Estado, localizadas em Ibirité (RMBH) e Juiz de Fora (Zona da Mata). No entanto, durante este mês e nos meses seguintes à época de precipitações, as usinas são desativadas para a utilização plena das hidrelétricas Neste período, o gás natural que abasteceria as termelétricas passa a atender a este mercado secundário.

"Além da vantagem econômica, há o benefício da praticidade, já que não é necessário um processo de moagem, como no caso do coque. Além disso, a estrutura dos altos-fornos praticamente não precisam de modificações, o mecanismo é muito simples", pontua Garcia. Ele destaca ainda que, além das siderúrgicas, as indústrias de cimento lambem usarão o insumo energético. “Há quatro empresas do segmento em negociação", afirmou novamente sem revelar nomes.

O diretor comercial pondera, no entanto, que a estratégia é viável somente para empresas que consideram o gás natural um combustível alternativo. "O fornecimento ao mercado secundário não é permanente, sendo interrompido todas as vezes que as termelétricas são reativadas, já que elas são a prioridade. Quando isso acontece, as empresas são avisadas com 56 horas de antecedência para que haja tempo de voltarem a usar os combustíveis originais", esclarece Garcia.

Consumo de GNV em MG é incentivado

Além do consumo residencial, a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) também pretende aumentai o consumo de gás natural veicular (GNV) no Estado, por meio do programa "Vou no Gás", lançado no segundo semestre do ano passado, que oferece um bônus de 3 00 metros cúbicos do combustível para motoristas que adaptarem seus automóveis para o uso de GNV no lugar de etanol ou gasolina. No caso de taxistas, o benefício é de 600 mil  metros cúbicos.

Segundo o diretor Comercial da Gasmig, Roberto Garcia , 300 metros cúbicos de GNV são suficientes para percorrer uma distância média de. 4.300 quilômetros, "Com um litro de etanol, o veículo anda cerca de sete quilômetros e, com a mesma quantidade de gasolina, são 10 quilômetros. Mas apenas com um metro cúbico de GNV, é possível percorrer 14 quilômetros", compara. Em média, o litro da gasolina nos postos da Grande Belo Horizonte é de RS 2,75 e o de etanol, RS 2,12. J á o metro cúbico de GNV custa RS 1,51, conforme os últimos dados da ANP.

Segundo Garcia, da média de 3,5 milhões de metros cúbicos por dia destinados aos setores não termelétricos (indústria, postos, comércio e veículos), o segmento automobilístico consome apenas 110 mil metros cúbicos por dia de GN V. "Em 2005, o volume era de cerca de 25 0 mil metros cúbicos por dia. Mas. na ocasião, o governo federal desaconselhou ouso do combustível. Apesar de ter sido apenas uma fase e de o uso de GNV ter voltado aos patamares normais no restante do país, em Minas isso não aconteceu11, explica.

Potência - Ele argumenta ainda que os problemas de perda de potência do motor causados pelo uso do GNV já foram solucionados pelas novas tecnologias empresadas nos equipamentos de conversão do combustível. Já está disponível no mercado a quinta geração de kits de conversão, que contém um sistema de injeção de gasolina adicional em aclives acentuados”, argumenta

O preço para a conversão de um automóvel com o kit  mais moderno varia entre R$ 3 mil e RS 3,5 mil, investimento que pode ser recuperado no curto prazo, segundo o diretor comercial. "A economia de combustível paga o valor em poucos meses", destaca.

Segundo o último balanço divulgado pela Gasmig, em janeiro, o consumo de GNV chegou a 3,3 milhões de metros cúbicos, um acréscimo de 8,6% em relação ao volume consumido pelo segmento em idêntico mês do exercício anterior (3 milhões de metros cúbicos).


Publicação: http://www.gasbrasil.com.br/

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Reserva de gás pode ser 5 vezes maior


Jazida na bacia do rio São Francisco, no Norte do Estado, pode chegar a 30 trilhões de pés cúbicos.

LEONARDO FRANCIA.

WELLINGTON PEDRO/IMPRENSA MG
Consórcio tem até 1º de março para finalizar o plano de avaliação das reservas na bacia do Velho Chico

O consórcio Cebasf, detentor do direito de exploração de gás natural no Bloco 132, na bacia do rio São Francisco, em uma área próxima a Morada Nova de Minas (região Central do Estado), confirmou ao DIÁRIO DO COMÉRCIO que as reservas no local podem chegar a 30 trilhões de pés cúbicos, número mais de cinco vezes superior às estimativas iniciais, que apontavam 5,6 trilhões de pés cúbicos.

Se a nova projeção for confirmada, o potencial comercial da jazida será significativamente maior do que o esperado e pode até mesmo abrir precedentes para a diversificação da economia mineira. Ricardo Vinhas, diretor Comercial da Orteng Equipamentos e Sistemas Ltda, que opera o consórcio, revela que o grupo tem até 1º de março para finalizar o plano de avaliação da descoberta.

O grupo de empresas detentoras da reserva pediu a prorrogação do prazo de exploração após a confirmação inicial do dimensionamento da jazida. O objetivo é ganhar tempo na prospecção dos fornecedores estrangeiros dos equipamentos que serão usados no subsolo do local, que inclui uma fase de "fraturamento".

"Já estamos com o planejamento, do ponto de vista de fornecedores, bem adiantado. A maioria dos parceiros são empresas dos Estados Unidos", afirma Vinhas. O consórcio teve que ir ao mercado externo buscar fabricantes dos equipamentos necessários porque não existem fornecedores nacionais, considerando o tipo de perfuração que será feita no local.
 O consórcio já divulgou que em apenas um pequena parte (400 quilômetros quadrados), que não chega a 14% do total da área de 2,9 mil quilômetros quadrados, as reservas vão de 176,5 bilhões metros cúbicos a 194,6 bilhões de metros cúbicos. A exploração comercial do gás encontrado nesta parcela da jazida pode gerar um faturamento em torno de R$ 5 bilhões.

Em toda a área, a estimativa inicial do Cebasf era de que a reserva chegasse a 8 milhões de metros cúbicos/dia, o que equivale a quase 30% dos 28 milhões de metros cúbicos de gás natural fornecido diariamente pela Bolívia, por meio do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). Porém, se os depósitos de gás forem mesmo mais de cinco vezes maiores, Minas Gerais terá capacidade para fornecer mais combustível do que o Gasbol só com este bloco.

O consórcio é formado pelo governo de Minas, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), com 49% de participação; pela Orteng Equipamentos e Sistemas Ltda (30%); Delp Engenharia (11%); e pela capixaba Imetame (10%).

A destinação do gás é de total autonomia de cada integrante do grupo, de acordo com a fatia correspondente. Neste sentido, o governo de Minas já afirmou que poderia destinar sua cota ao fornecimento do combustível para verticalizar a produção da nova fronteira minerária no Norte de Minas, com reservas estimadas em 20 bilhões de toneladas de minério de ferro.

Os direitos de exploração do Bloco 132 foram arrematados pelo consórcio na sétima rodada de licitações promovida pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em outubro de 2005. Além do Cebasf, possuem blocos exploratórios na região a Petrobras (seis lotes), a Geobras (nove lotes), a Tarmar Terminais Aeromarítimos (um lote) e a Petra Energia S/A (24 blocos). Esta última e a Petrobras já fizeram perfurações, em caráter de pesquisas e sondagens, em seus respectivos blocos, mas ainda não confirmaram a viabilidade da exploração comercial.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

"QUIJATEVE"

Gostava de repetir, fazendo graça. Genipapo. Geni tem papo. Comer a lixa do genipapo dá papo. Depois, argumentava. Até que é bom acreditar nisso. Assim, ninguém come aquela lixa, que comer um trem tão lixento daqueles deve mesmo de fazer algum mal. Mas papo não dá não. Bobagem. O povo diz isso deve ser porque o genipapo tem esse nome e mesmo porque ele lembra um papo. Quando está maduro então, todo mucho e enrugado, remeda direitinho um daqueles papos bem graúdos e erados.

(“Erado”... tinha falado essa palavra com um neto noutro dia e ele falou: “Vô, erado é irado, véio!”)

E continuava contando. Sô, tinha gente papuda demais. Só nunca tinha visto gente de quatro papos, mas de um, de dois, e de três, tinha visto de todo jeito. Desde um coquinho assim, até coco da Bahia. E o povo inventava cadas caso!

Dizem que uma vez uma família pediu pouso numa casa. Que era um menino com um papinho, a mãe com um papo e o pai com um papão. E que de noite eles roncavam falando os cocos que cada um tinha: “Parmito”. “Gariroba”. “Jiribá”. E que uma vez, numa cidade EM que todo mundo era papudo, chegou um homem sem papo. E que tudo mundo ria dele. Do aleijão dele.

Não, os papos acabaram, não é porque acabaram os muitos matos não. Foi porque puseram iodo no sal. “Sal iodado”, não está escrito assim em todo pacotinho de sal? Pois é, o que combate o papo é o iodo. Lembra que a água de Morada Nova era muito pura, sem mistura? Então, nem iodo tinha. Sem lama, sem lodo. Sem lodo, sem iodo. O iodo é feito do lodo. Achava. Lá pras bandas das Areias nem dava lodo: era arenoso. É por isso que tinha tanta gente papuda.

O mais famoso deles? Não lembrava dele não. Lembrava do medo que já tivera dele. É... ele era um dos mais usados pelos adultos pra fazer medo nas crianças. Era só falar olha o João Papudo que menino birrento tomava jeito na hora: ia já-já tomar banho, escovar os dentes, pra escola, fazer os deveres, cumprir a obrigação, caçar serviço, dormir cedo...

Tinha sempre que lembrar que, dizem, uma vez ele apareceu lá na casa onde morava, de repente. Passeando. E que, quando escutara falar que era o João Papudo que estava lá, tinha tratado de correr pra debaixo da cama. E, quando a curiosidade venceu o medo, saído de lá e ido ver. Mas ficado na sala-de-janta, olhando de meia-cara, feito mico-estrela por detrás do pau, no portal da porta que dava pra sala-de-visita, onde ele conversava. E que diziam também que ele usava a camisa abotoada até no gogó e tinha uma voz fina, tudo por causa do papo.

O povo contava, ainda, que uma vez ele danou pra casar com uma mulher e que ela falou com ele que até que casava, mas só se ele tirasse aquele papo. Pois não é que ele sumiu cá pra Itaúna, a pé, a cavalo, de trem, ou...Quem sabe lá?! E voltou sem o papo. Ainda usava a camisa no gogó, mas era por causa do costume... E da cicatriz. Mas ela não casou com ele não. E quando alguém caçoava dele, ele ia logo falando que não casei mas valeu a pena, pelo menos fiquei sem o papo.

O que nunca sabia dizer era se gente grande também tinha medo dele. Mas, garantia, o certo é que, pelo menos respeito tinham. Pelo sofrimento, pela bravura e pela brabeza dele. De modos que, uns para os outros, diziam “o João Papudo”. Mas, para ele, o máximo de apelido que arriscavam era “ O Que Já Teve”.