A recente divulgação do estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre a contaminação do rio São Francisco por metais pesados na região de Três Marias (MG), e os relatos de problemas de saúde causados pela radioatividade gerada na extração de Urânio em Caetité, na Bahia, são apenas alguns dos muitos exemplos da gravidade dos impactos causados pela atividade de extração minerária na bacia do rio São Francisco. Para debater e denunciar esses problemas é que está sendo realizado entre os dias 19 e 22 de março, no município de Ouro Preto (MG), o Encontro de Atingidos e Atingidas pela Mineração na Bacia do rio São Francisco. O Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, último dia do encontro, ganha destaque no evento visto que a extração de minérios contamina tanto as águas subterrâneas como as superficiais.
A CPT BA participa deste evento com agentes e trabalhadores das regiões onde desenvolve suas atividades. Além da troca de experiências, o encontro é um espaço para propor alternativas e planejar estratégias de enfrentamento ao atual modelo de mineração.
Realizado pela Articulação Popular São Francisco Vivo, o evento tem a participação de cerca de 80 representantes dos cinco estados que fazem parte da bacia (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe). Os impactos ambientais e sociais gerados pelas atividades minerárias serão temas dos debates. Uma das principais preocupações do grupo está no risco que as fontes de água correm. “Temos uma região com muitos mananciais e a maneira pouco criteriosa como a exploração dos minérios tem sido feita, bota as nossas águas em sério risco”, denuncia Maria Tereza Corujo, integrante do “Movimento pelas Serras e Águas de Minas” e uma das participantes do evento.
Fonte: Comissão Pastoral da Terra
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