Publicação: 12/01/2011 06:23
Atualização: 12/01/2011 10:42
Poço piloto de gás natural perfurado no Noroeste de MG indicou viabilidade de exploração comercial do insumo. Empresa do UA avaliará tamanho das reservas |
Novas áreas promissoras para exploração de gás natural na porção mineira da Bacia do São Francisco começam a ser perfuradas, depois da descoberta do combustível no ano passado no povoado de Pindaíbas, distrito de Morada Nova de Minas, na Região Central do estado. Na corrida das empresas que assumiram lotes licitados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na região, nove poços serão perfurados neste ano, com recursos avaliados entre R$ 90 milhões e R$ 135 milhões, considerando-se um custo de R$ 10 milhões a R$ 15 milhões por poço calculado por especialistas do setor. Será a etapa final para definir se Minas Gerais vai despontar como potência na produção de um insumo limpo e valioso, considerado a redenção econômica de pelo menos uma dezena de municípios localizados no Norte de Minas, Noroeste e Alto Paranaíba.
É na perfuração dos poços que as empresas colhem os dados que indicarão o tamanho das reservas e a forma como serão exploradas. A Petrobras confirmou, ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que iniciou a segunda etapa do seu programa em Minas, já aprovado pela ANP, com o planejamento para a perfuração de dois poços e a aplicação de R$ 40 milhões. Durante a primeira fase do trabalho, encerrada em janeiro do ano passado, a empresa investiu R$ 30,5 milhões, trabalhando em parceria com a BG do Brasil, que optou por deixar o consórcio.
O primeiro poço definido pela Petrobras foi batizado de Oséas, contemplando Brasilândia de Minas, no Noroeste do estado, onde as obras foram iniciadas no
Povoado de Pindaíbas, em Morada Novas de MInas: perspectivas de redenção econômica com o gás natural |
Outros sete poços estão pré-contratados pela empresa brasileira Petra, de acordo com balanço feito pelo governo de Minas Gerais sobre o avanço dos trabalhos na parte mineira da Bacia do São Francisco. A reportagem pediu detalhes sobre o andamento dos serviços nos lotes licitados à ANP, mas até o fechamento da edição a agência não havia prestado informações. O poço pioneiro perfurado em Morada Nova de Minas pelo consórcio formado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Orteng Equipamentos e Sistemas, Delp Engenharia e Imetame Energia, para a exploração do bloco 132, já levantou todas as informações para definir o tamanho da reserva e a forma como ela será explorada.
Reservas
O presidente da Codemig, Oswaldo Borges da Costa Filho, informou que em 15 dias será concluído o processo de contratação de uma empresa americana especializada em avaliações de áreas com acumulação de gás semelhantes às da região. A empresa terá três a quatro meses para avaliar os dados
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“A perfuração de mais nove poços é um belo sinal de que o governo agiu na hora certa ao investir no gás da região. Agora, é ter a dimensão disso, que acreditamos, em breve, leve a um novo polo de desenvolvimento no estado”, disse Oswaldo Borges. Segundo Frederico Macedo, gerente de óleo e gás da Orteng Equipamentos, a tecnologia americana de exploração de reservatórios de gás em rochas com características semelhantes às da Bacia do São Francisco é reconhecida no mundo. Outra particularidade é que o bloco arrematado pelo consórcio na licitação de 2006 tem uma extensão muito grande, de 3 mil quilômetros quadrados.
“Estamos muito otimistas com os resultados da perfuração. Já sabemos que o volume de gás é significativo e isso nos encoraja muito a dar continuidade a esses investimentos”, afirma. No ano passado, ao divulgar a descoberta de gás na porção mineira da Bacia do São Francisco, o governador Antonio Anastasia comentou a expectativa do governo de que as reservas se aproximem de metade dos volumes de gás importados pelo Brasil da Bolívia, que chegam a 30 milhões de metros cúbicos por ano. Em pesquisas realizadas há 25 anos na região, as reservas do São Francisco chegaram a ser estimadas por empresas especializadas em 1 trilhão de metros cúbicos.
Fonte: Estado de Minas
3 comentários:
Para quem mora no interior agora está chegango a vez de se preparar para o que esta por vir com curso e especializações, do mesmo modo a cidade deve se preparar para receber e saber controlar esses investimentos. Morada Nova merece tudo isso que está aparecendo e vai ser a maior fonte de renda da cidade, so tenho a desejar o melhor para todos da região.
O POVO DE MORADA NOVA DESEJA MUITA COISA. O PODER PÚBLICO TEM MUITO A FAZER.
Harley, foi bom você reproduzir a matéria do Estado de Minas. Mas não resisto à oportunidade de manifestar aqui o meu desejo: QUE O GÁS "TIRE MORADA NOVA DA PINDAÍBA", NÃO QUE TIRE PINDAÍBAS DE MORADA NOVA!
É Donizete, pelo jeito que a coisa está indo, se não houver uma mudança de postura, a segunda opção é que vai acabar ocorrendo.
Complementando a matéria do artigo, segundo informações não oficiais, o Poço de Morada Nova foi lacrado e todas as máquinas já deixaram a cidade, ou seja, neste momento não há nenhuma equipe trabalhando neste poço. Ouvi dizer que nos próximos dias outras pessoas irão para a cidade para dar continuidade nos trabalhos. Tudo indica, que produção mesmo ainda vai demorar algum tempo.
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