Escrito por Ana Maria Batista |
Qua, 09 de Novembro de 2011 00:29 |
Quando vou à Morada Nova Passando pela estrada de chão escuro Quase sempre me impaciento Pois demora demais pra chegar. E quando avisto aquele bambuzal Tão verde e tranquilo Na ponte do Córrego D. Joana Aí então meu coração se derrete E em bambuzal quero me transformar. Pois é inexplicável o fascínio que ele exerce sobre mim Tão fraco e tão maleável ao vento é um bambu sozinho E tão fortes, poderosos e cantantes são todos eles unidos. Mas, ah! Que triste! Em bambuzal não posso me transformar Tão fraca que nem permito ao vento me balançar Não entendo de união e nem tão pouco sei cantar. E quando já estou em Morada Nova, da minha janela Vejo uma linda Palmeirinha Indaía tão alegre a dançar Que mais que o bambu, pelo vento se deixa levar Aí então meu coração sente inveja E em Plameirinha Indaiá quero me tansformar. Pois é inexplicável o fascínio que ela exerce sobre mim Tão fraca, tão volúvel e indolente é a Palmeirinha Então onde a resistência para suportar o pouso da ararinha Sempre em seus galhos a matracar? Mas, ah! Que triste! Em Palmeirinha não posso me transformar Tão fraca que nem permito ao vento me balançar Tão boba aquela bailarina Palmeirinha Que nem consegue a ararinha espantar Mas quando vou à Morada Nova Passando pela estrada do chão vermelho Quase nunca me impaciento Porque aquele chão é o meu lugar Quando olho aquela represa tão azul Com águas tão aparente calmas Onde felizmente tenho de atravessar Aí então meu coração se desmancha E em represa quero me transformar Pois é inexplicável o fascínio que ela exerce sobre mim Tão forte, poderosa e avassaladora Que por muito tempo fez a gente chorar Mas, ah! Que triste! Em represa não posso me transformar Tão fraca que nem permito às águas me levar E novamente andar nas terras que o avô costumava pisar. E quando já estou em Morada Nova Pela natureza a caminhar Dou de cara com a mais linda cachoeira Correndo barulhenta pela montanha de pedra E ah! Não tem mais tristeza, em cachoeira emontanha de pedra não vou me transformar Porque montanha de pedra é o que sou Lascada aqui, uma aresta de cá uma aspereza de lá Um cristalino fiozinho de água, vez ou outra uma florzinha! Pois é como o tempo esculpe bem devagar! |
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Pertencimento
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Um comentário:
Ana, certa vez ouvi o extraordinário Procópio Ferreira recitar um poema que contava um caso assim (não sei o poema, nem quem é o autor, mas me lembro bem o que dizia):"Quando nasci, meus pais recebiam orgulhosos as visitas que iam homenageá-los e a mim. Uma visita dizia "vai ser rico" e outra dizia, "mas com esse nariz?" (por isso acho que o poema era dele mesmo, pois ele era bem narigudo). "Então outro dizia, "não, vai ser padre", "mas, com esse nariz?". E um outro: "Vai ser doutor". "Mas, com esse nariz?". "Vai ser feliz", "mas com esse nariz?" insistia alguém. Então eu cresci e fui ser ator e, como tal, fui rico, fui padre, fui doutor, fui feliz... E com este nariz!" ,
Pois então, minha cara amiga, sendo poeta (ou poetisa, como diziam), você consegue ser bambu, palmeira, represa e o que mais você quiser... Até feliz!
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