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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

RIO DE MIM

JÁ QUE HOJE É MEU ANIVERSÁRIO, ENTÃO... QUE O TEMA SEJA EU MESMO (lembrando Carlos Drummond de Andrade, num poema que fala da velhice, peço a todos: "respeitem minhas idiossincrasias").

RIO DE MIM

O RIO QUE COMPORTA

DENTRO DE MIM

É UM POÇÃO ASSIM

ESCURO RIO DE MIM

RIO DE MIM


O RIO QUE CORRE

DENTRO DE MIM

É UM CORGUINHO ASSIM

BRAÇÃO BRAÇÃOZIM BRACIM

CORRE DENTRO DE MIM

SÓ CORRE DENTRO DE MIM

SÓ RIO DENTRO MIM

(Lucas Donizete da Silva - 08 de setembro de 2011)

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4 comentários:

Anônimo disse...

DE NOVO ESSE CARA COM ESSES POEMAS ESQUISITOS? QUANDO NÃO SÃO BAIRRISTAS, FALANDO SÓ DE MORADA NOVA, SÃO HERMÉTICOS, QUE A GENTE NÃO ENTENDE.
ESSE VERSO "BRAÇÃO BRAÇÃOZIM BRACIM", POR EXEMPLO, DÁ PRA ENTENDER? ASSIM É MUITA IDIOSSINCRASIA PRA A GENTE RESPEITAR...

Anônimo disse...

AH, E TEM MAIS. DESTA VEZ NEM COLOCOU AS "EPLICAÇÕESZINHAS" NECESSÁRIAS.
AFINAL DE CONTAS É "RIO" DE RIACHO OU DE RIR? É PRA A GENTE LER "SÓ RIO" OU "SORRIO", "SÓ CORRE" OU "SOCORRE"?

Lucas Donizete da Silva disse...

Ôpa, até que enfim explosõezinhas de outras emoções!
Obrigado, meu leitor anônimo, pela oportunidade de discutir o que escrevo. Quando eu era adolescente, lá em Patos de Minas, onde cursei o Ensino Médio e comecei a escrever, não gostava de discutir meus textos: achava que isto os desvalorizava, já que os considerava a melhor forma de minha expressão. Mas, agora, que sou adepto da arte aberta, sei que, muito pelo contrário, conversar abre outras possibilidades de leitura (muitas que eu nem havia percebido).
Realmente dou prioridade, aqui no blog, aos meus textos sobre Morada Nova, porque este é o objetivo do blog, além do mais é impossível separar um escritor daquilo que ele ama. Sei que a arte é mais nobre quanto mais universais os temas que aborda (como Liberdade, Amor, etc.), mas sei também que ela tem a nobreza de tornar universais os temas "menores", individuais, idiossincráticos, ao abordá-los de forma criativa, elaborada, mostrando que eles também têm seu valor. Portanto, a leitura da arte às vezes fica mais difícil. Mas não é Hermetismo não. Procurando conhecer o tempo, a cultura, o contexto do artista e de sua "obra", a leitura se torna mais fácil e teremos exercitado, em esfera mais ampla, a proposta da criação artística.

Lucas Donizete da Silva disse...

Caro leitor anônimo, vamos a umas explicaçõezinhas. Bração, Braçãozinho e Bracinho são os córregos de água corrente que existem na fazenda onde me criei e trabalhei. O terceiro deságua no segundo, este no primeiro e este faz barra no Escuro. Entretanto, o Escuro, que é afluente do Rio Indaiá, é represado pela barragem de Três Marias.
Para não sair do Hermético e cair no Simplório, deixo por conta do leitor fazer a associaçao dos córregos com as emoções.
Podemos ler "Só Rio" ou "Sorrio", "Só corre" ou "Socorre". Da mesma forma pode ser "Rio", verbo, e "Rio", substantivo. Como também pode ser "Comporta", de "comportar" e "comporta", substantivo, tão marcante no contexto moradense, devido à Represa. Podemos também ler as duas formas e mais alguma que percebermos. O importante é sentirmos as diferenças que cada leitura acrescenta ao texto. Se esta é a proposta e isto está acontecendo, então atingimos nosso objetivo.
Obrigado por ter participado e contribuído. Volte sempre.